segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Agronegócios em Moçambique atraem brasileiros

Agronegócios em Moçambique atraem brasileiros Ter, 26 de Fevereiro de 2013 00:24 Têm sido milhões os dólares aplicados pelo Brasil em Moçambique e a agricultura e o sector mineiro constituem as áreas de foco. A sua expansão económica leva o Brasil a afirmar-se como grande actor político e económico nos países africanos. O jornal moçambicano Correio da Manhã dá conta de mais empresários esperados no Brasil para investir em Agronegócios. A missão empresarial a Moçambique, que estará na cidade de Maputo, e províncias de Nampula e Niassa, vai pesquisar oportunidades de investimento no sector de agronegócios, disse fonte da Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil-Moçambique ao jornal Correio da Manhã. Os empresários do Estado brasileiro do Paraná irão visitar regiões agrícolas e estabelecer contactos locais. As projecções da Câmara de Comércio indicam que a “corrente de comércio e de investimentos entre os dois países deverá aumentar vertiginosamente nos próximos anos”. O facto de Moçambique ter um mercado consumidor de mais de 23 milhões de pessoas “torna o país extremamente atraente para o empresariado do Brasil”, sublinha a mesma fonte. Leia também: Banco Mundial garante estar a corrigir desregramentos na aquisição de terras em países pobres Na semana Brasil-Moçambique que decorreu em Novembro de 2012, Rogério Manuel, presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique, apontou a existência de um bom ambiente de negócios, da localização estratégica do país, da abundância de recursos minerais e seu acesso livre aos mercados dos Estados Unidos, da União Europeia e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral como algumas das vantagens em investir em Moçambique. A iniciativa brasileira em Moçambique é denotada não só por parte das empresas mas também no seio do governo. Em 2011, a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, em visita oficial a Moçambique e em reunião com Guebuza, chefe de Estado moçambicano, afirmou que queria fazer uma parceria com o governo moçambicano no sentido de garantir emprego aos moçambicanos. A visita oficial de Dilma deu-se numa altura em que já previa um investimento de 4,5 mil milhões de dólares do grupo Vale numa reserva de carvão no distrito de Moatize, na província de Tete. Além da Vale, empresas com a Eletrobras e a Embrapa também têm enveredado pelos negócios no país. A aplicação de 2 mil milhões para o Fundo de Nacala, destinado ao financiamento do desenvolvimento agropecuário do Corredor de Nacala no norte moçambicano, contou a oferta do Brasil, por parte da Embrapa, da sua experiência de produção de alimentos em solos poucos aráveis e em climas adversos. Em Abril de 2012, de acordo com a edição online da revista brasileira PIB (Presença Internacional do Brasil), a Eletrobras anunciou que pretendia construir uma hidroeléctrica de 1,5 mil megawatts (mw) no norte moçambicano assim como duas linhas de transmissão. O custo avaliado para ambas as era cerca de 6 mil milhões de dólares.

Nenhum comentário:

Postar um comentário