quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Balança inicia com mês déficit de US$ 741 mi Foi registrada queda nos embarques das três categorias no início de fevereiro

As exportações brasileiras somaram US$ 4,99 bilhões nos seis primeiros dias úteis de fevereiro (média diária de US$ 833 milhões, ou 12,2% a menos que a média obtida em igual mês do ano passado) e as importações atingiram US$ 5,73 bilhões (média diária de US$ 956 milhões, ou 11,3% a mais), de acordo com informe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgado ontem. Com isso, a balança comercial inicia o mês com déficit de US$ 741 milhões, dando continuidade ao fraco desempenho de janeiro, quando o déficit foi US$ 4,03 bilhões, o pior resultado mensal de toda a história do comércio exterior brasileiro. No acumulado de 2013, até a última sexta-feira (8), o déficit soma US$ 4,77 bilhões. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) registrou queda nos embarques das três categorias de produtos no início de fevereiro, comparado a igual período de 2012. Houve reduções de 15,2% nas vendas de manufaturados como óleos combustíveis, aviões, suco de laranja, máquinas, motores, geradores e automóveis; de 12,5% nos semimanufaturados como ferro fundido, alumínio em bruto, ferroligas, óleo de soja e outros; e de 7,2% nas vendas de produtos básicos, principalmente agrícolas e minerais. Enquanto isso, o Brasil gastou mais com as importações de combustíveis e lubrificantes (65,2%), cereais e produtos de moagem (60,1%), adubos e fertilizantes (54,5%), aeronaves e partes (24,3%), químicos orgânicos e inorgânicos (20,4%) e instrumentos de ótica e de precisão (10,2%). BNDES Os recursos aplicados em infraestrutura, impulsionados por programas de concessões do governo e pelo Orçamento público, serão os propulsores do investimento de 2013 a 2016 no Brasil, aponta o estudo "Perspectivas do Investimento", do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Investimentos em energia elétrica, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e saneamento vão crescer à taxa média anual de 6,4%, diz o estudo, alcançando R$ 489 bilhões nesses quatro anos. Levando em conta os aportes aos demais setores, o investimento deve crescer à taxa média de 5,2% ao ano, totalizando R$ 2,4 trilhões. O estudo se baseia nos projetos em tramitação no banco, nos anunciados no mercado ou por instituições (projeções setoriais) e também nas consultas das empresas. De acordo com a direção do banco, são mapeados 66% dos investimentos industriais e 100% dos de infraestrutura, perfazendo 58% da economia. Ficam de fora investimentos imobiliários e financeiros, por exemplo. Segundo a chefe do departamento de pesquisa e acompanhamento econômico do BNDES, Ana Claudia Alem, os aportes em infraestrutura atuarão como fator multiplicador da indústria, cuja estimativa de crescimento é a menor entre os setores, de 4,1%. "Temos o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], o programa de investimentos em logística, a Copa do Mundo e a Olimpíada, que, por si só, garantem os investimentos em infraestrutura." O professor Luis Braido, da Escola de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas), afirma que as estimativas do banco são otimistas. "É difícil fazer investimentos de tamanha grandeza quando se tem um sistema com entraves jurídicos, ambientais e de corrupção." Para ele, se o governo conseguir realizar os investimentos e induzir a indústria a fazer o mesmo, a economia poderá obter reflexos positivos. "Até agora houve só redução e isenção de impostos, cujos reflexos são temporários." Por: STÊNIO RIBEIRO

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