quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Biólogos trabalham para preservar o cambucá na região serrana do RJ

Biólogos trabalham para preservar o cambucá na região serrana do RJ Árvore de copa arredondada e de caule forte é nativa da Mata Atlântica. Desmatamento colocou a espécie em risco de extinçãoOs biólogos do Projeto Cambucás, desenvolvido no Rio de Janeiro, trabalham para a preservação da espécie imponente, de copa arredondada e de caule forte que é nativa da Mata Atlântica. O desmatamento feito pelo homem colocou o fruto em risco de extinção. O longo tempo de produção faz com que o cambucá não seja uma fruta comercial, o que agrava o problema. Os primeiros frutos começam a aparecer entre 15 e 18 anos. Um levantamento feito pela bióloga Fabiana Corrêa, coordenadora do Projeto Cambucás, em Cantagalo, na região serrana do Rio de Janeiro, mostrou que há oito exemplares da árvore em terrenos particulares, na zona rural do município, e em áreas próximas. Em uma fazenda da região, que é do século 19, há apenas dois pés de cambucá. A coordenadora do projeto conta que o objetivo é aumentar o número de árvores. “Uma das ideias do projeto é resgatar o cambucá presente nos quintais para que a gente tenha cada vez mais sítios, chácaras, o quintal da casa e fazendas com cambucá”, diz Fabiana. O cambucá é da mesma família da jabuticaba. Há várias características em comum entre as duas frutas. Uma delas é o crescimento muito lento. Em áreas de mata fechada, a árvore do cambucá pode chegar a dez metros de altura, mas o tamanho fica um pouco menor em áreas de pomar. Cada fruto tem uma semente e a germinação leva em torno de 40 a cem dias depois de plantada. Os primeiros frutos começam a aparecer entre 15 e 18 anos. Os frutos aparecem geralmente nos meses de dezembro e janeiro, mas alguns pés florescem mais tarde. Comer o fruto pouco conhecido já se tornou um privilégio para quem tem a oportunidade de experimentar o cambucá. Além de saborosa, a fruta é muito importante para o equilíbrio ecológico. Segundo especialistas, muitas espécies se alimentam do cambucá. A dona de um sítio Thaís Campanate diz que é tomado cuidado especial para não deixar a árvore morrer. Ela apoia o projeto e afirma que já plantou outras mudas no local. Em 12 anos, muitas pessoas fizeram parte do grupo que luta para não deixar os cambucazeiros desaparecerem da região. A ideia se transformou em um livro infantil que reforça a importância de se preservar essa relíquia da natureza. A inspiração fez José Guilherme, que acompanhou o início dos trabalhos, a escolher a profissão de técnico ambiental.

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