sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Café: Contratos em Nova York continuaram em baixa esta semana

Os contratos de café na ICE Futures US, a bolsa de Nova Iorque, continuaram trabalhando em baixa esta semana. Os operadores no mercado internacional prosseguem acreditando que os números da atual safra brasileira foram maiores que os estimados pelo governo brasileiro e esperam uma ampla oferta de café arábica no Brasil neste começo de ano, antes do início da colheita da nova safra brasileira 2013/2014. Essa expectativa pressiona os preços do café na ICE desde o final de 2012. Trabalham também com números maiores que os da CONAB para a próxima safra brasileira, de ciclo baixo, e com a informação que muitas torrefações do hemisfério norte estão ampliando a presença de robusta em seus “blends”, em uma tentativa de derrubar o custo da matéria-prima. No Brasil, com os feriados de carnaval, o mercado físico operou apenas dois dias: ontem, quinta-feira, e hoje, com pouco volume de negócios fechados e falta de interesse vendedor nas bases oferecidas pelos compradores. A pressão sobre os preços do arábica em Nova Iorque e do outro lado, a força do mercado interno brasileiro, que já passou das vinte milhões de sacas por ano (o Brasil é o maior comprador e consumidor do café brasileiro), esta levando a uma distorção na cotação do café verde no Brasil. Diminui dia a dia o diferencial entre arábicas de boa qualidade e finos em relação aos mais fracos e ao conilon, utilizados em larga escala pelo consumo interno brasileiro. Boa parte dos lotes de ligas de consumo, comprados no ano passado para serem entregues e pagos agora por torrefações brasileiras, estão com preços próximos, em alguns casos superiores, aos oferecidos atualmente pelo mercado para cafés arábica de boa qualidade. Em seu último relatório mensal, a OIC – Organização Internacional do Café informou que surtos de ferrugem do café foram reportados nos principais países produtores da América Central, sem exceção. Na Costa Rica as autoridades declararam estado de emergência para enfrentar a propagação do fungo. Há notícias de que na Guatemala e em El Salvador a ferrugem pode ter afetado 40 a 50% de todos os cafeeiros; os dois países estão realizando programas para fornecer fungicidas aos cafeicultores. Recentemente a Nicarágua também lançou uma campanha para treinar especialistas e cafeicultores no combate à propagação. Honduras declarou uma emergência fitossanitária. Também se tem notícia de ferrugem em certas partes do México. Ainda segundo a OIC, os surtos atuais podem ter sérias implicações de longo prazo para a produção de arábica lavado na América Central, com uma queda potencial da produção regional de 2,5 a 3 milhões de sacas de café, mas ainda é cedo para fornecer uma discriminação exata. Até o dia 14 os embarques de fevereiro estavam em 475.362 sacas de café arábica e 325 sacas de café conillon, somando 475.687 sacas de café verde, mais 46.821 sacas de café solúvel, contra 397.176 sacas no mesmo dia de janeiro. Até o dia 14, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 924.920 sacas, contra 1.100.479 sacas no mesmo dia do mês anterior. A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 8, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta feira, dia 15, caiu nos contratos para entrega em maio próximo, 400 pontos ou US$ 5,30 (R$ 10,43) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 8 a R$ 376,15/saca e hoje, dia 15 a R$ 364,79/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 55 pontos. No mercado semi-paralisado de hoje, são as seguintes cotações nominais por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2012/2013, condição porta de armazém: R$330/340,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO. R$325/330,00 - FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS. R$320/325,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS. R$310/320,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS. R$300/310,00 - RIADOS. R$280/290,00 - RIO. R$280/290,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA. R$270/280,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS. DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 1,9670 PARA COMPRA. Fonte: Escritório Carvalho

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