segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Comissão de Ética pede informações a Adams após denúncias

BRASÍLIA, 25 Fev (Reuters) - A Comissão de Ética Pública da Presidência da República pediu informações ao advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, após denúncias de que uma sindicância que apontou suspeitas de irregularidades contra ele foi arquivada, disse o presidente da comissão, Américo Lacombe. Lacombe também pediu informações ao advogado-geral em resposta a uma representação do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), que quer uma investigação mais aprofundada sobre eventual envolvimento de Adams nas irregularidades reveladas pela operação Porto Seguro, da Polícia Federal. A PF revelou um esquema de vendas de pareces para empresas que envolveu a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Agência Nacional de Águas (ANA) e a AGU. À época, o então número dois de Adams no órgão, José Weber de Holanda, foi diretamente envolvido no esquema e deixou o cargo. "Eu mandei pedir informações a ele (Adams). Não está aberto nada", disse Lacombe a jornalistas sobre a representação do Sinprofaz, explicando que neste momento não há um procedimento de investigação contra Adams. Além da representação do sindicato, Lacombe também pediu a Adams informações após publicação de matéria no jornal Folha de S.Paulo de sábado que afirma que uma sindicância interna da AGU sobre a Porto Seguro foi arquivada após apontar cinco condutas suspeitas de Adams. "Mandei intimar todo mundo para que prestem informações. A ele, ao corregedor. Porque uma das denúncias foi que o corregedor fez corpo mole, que o corregedor não tinha independência para verificar. Pedimos informações. Só isso. Se vierem as informações definimos se abrimos ou não abrimos, dependendo do que ocorrer", disse Lacombe sobre a denúncia do jornal. Ao jornal, Adams respondeu que a comissão de sindicância teve "entendimentos equivocados" e negou qualquer irregularidade. (Texto de Eduardo Simões

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