quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Descarga elétrica mata 23 bois em fazenda no interior de São Paulo

Descarga elétrica mata 23 bois em fazenda no interior de São Paulo Raio caiu durante temporal que atingiu zona norte de São José dos Campos. Animais faziam parte de rebanho com 450 cabeças de gaUma descarga elétrica matou 23 bois de um rebanho de uma fazenda em São José dos Campos, no interior de São Paulo, na tarde da última segunda-feira (11). A propriedade rural fica na estrada Jaguariúna, zona norte da cidade, e mantinha um rebanho de 450 animais. O raio que atingiu a boiada caiu por volta das 17h30 durante uma chuva que atingiu a região. De acordo com Daniel dos Santos, genro do caseiro da fazenda e que estava no local no momento do temporal, ele e o sogro foram acionados por um vizinho que passou próximo à fazenda e viu os bois caídos. "Chegamos no local onde os bois estavam cerca de uma hora depois do momento em que estimamos que o raio tenha atingido o rebanho. Tinham 23 mortos e um bezerro que sobreviveu, não sabemos como", disse Santos ao G1. Segundo ele, em 15 anos é a primeira vez que um fenômeno como este acontece na fazenda, que cria gado para corte e funciona como um haras. Apesar disso, o pesquisador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Daylton Guedes, afirma que a morte de animais em fazendas por descargas elétricas é comum. "A morte de gado em pasto por descargas elétricas é uma questão que nos preocupa muito e, por isso, buscamos sempre orientar os proprietários e também quem trabalha nas fazendas", afirmou. Segundo ele, uma das medidas para se evitar a morte do gado é seccionar as cercas de arame e aterrar as extremidades com uma haste de cobre. "O gado encosta muito na cerca para se coçar, por exemplo. E na hora da descarga elétrica, a cerca se torna um condutor elétrico, pois a corrente de energia flui por ali e pode matar o animal que encostou e outros que estejam próximos. Então, a medida de seccionar as cercas e aterrar já é algo preventivo", explicou. Em muitos casos também, os gados são encontrados mortos debaixo de árvores após o temporal. De acordo com Guedes, os animais buscam refúgio para não se molharem tanto e acabam ficando próximos à um ponto de condução elétrica. "A descarga elétrica sempre procura atingir o solo por meios que facilitem a condução para o solo. E no caso da árvore, a madeira úmida se torna condutora. Logo, se refugiar debaixo de árvores não é seguro. É melhor se molhar do que ficar debaixo de árvores". Nesse caso, os fazendeiros são orientados a isolar o gado de locais com árvores quando possível. Mesmo com as medidas preventivas, Guedes ainda alerta que descargas elétricas também são comuns em locais de campo aberto, como normalmente são as fazendas. Por isso, muitas vezes os fazendeiros encontram gados mortos no campo mesmo, longe de cercas e de árvores. "Quando a descarga ocorre em local próximo, a corrente se espalha pelo solo procurando pontos de melhor condução. O solo úmido também é condutor e quando tem poça de água se torna ainda mais sério. Com o gado em solo úmido, a corrente não encontra ponto de descarga direta e circula pelo corpo do animal e o mata, o que, no caso, não deixa marcas de chamuscamento", explica do de corte

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