terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Dólar fecha em alta com peso de impasse sobre eleições italianas

Dólar fecha em alta com peso de impasse sobre eleições italianas Em 26 de fevereiro de 2013 as 17h15 Dólar fechou em alta de 0,44%, a R$ 1,986 na venda. Tensões sobre futuro da Itália e desdobramentos na zona do euro pesam. — Fonte: G1 O dólar comercial fechou alta em relação ao real nesta terça-feira (26), após um resultado inconclusivo nas eleições italianas impulsionarem os investidores a buscar segurança na moeda dos Estados Unidos, considerada um ativo de risco menor. O dólar fechou em alta de 0,44%, a R$ 1,986 na venda. A tensões sobre o futuro político da Itália e seus possíveis desdobramentos sobre a zona do euro pesam sobre o sentimento do investidor. "Não estamos vendo fluxo. O mercado lá fora está ruim, com muita aversão ao risco, então o mercado está renovando máxima", afirmou um operador de um grande banco nacional, em condição de anonimato. O resultado das eleições parlamentares na Itália feriu o sentimento do investidor, uma vez que os italianos podem ter que voltar às urnas pois nenhum partido conquistou a maioria dos assentos do Senado. "A sensibilidade de hoje é reflexo de ontem. Dessa vez temos um mercado aqui reagindo ao que está acontecendo lá fora", afirmou mais cedo o operador do Banco Daycoval Luiz Fernando Gênova. Analistas destacavam, no entanto, que as variações no mercado cambial brasileiro devem permanecer contidas devido à vigilância do Banco Central. O presidente do BC, Alexandre Tombini, disse na segunda-feira que a autoridade monetária vai reagir a qualquer volatilidade nos mercados de câmbio. Ele acrescentou que o governo está trabalhando para ancorar as expectativas de inflação em direção à meta oficial de 4,5% pelo IPCA. Diante de uma enxurrada de dados e declarações de autoridades brasileiras que alimentavam preocupações com a inflação, o mercado passou a interpretar que o governo aceitaria um real mais valorizado para evitar pressões inflacionárias. Após as mais recentes intervenções do BC, muitos analistas passaram a enxergar uma nova banda informal de R$ 1,95 a R$ 2. Nos últimos dias, no entanto, apostas de que o governo usaria um câmbio mais valorizado para segurar a inflação começaram a perder fôlogo. "A leitura que ficou é que o BC não vai atuar tanto no mercado para segurar a inflação", disse o superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira, lembrando de outra fala do presidente do BC, quando ele descartou que o recente fortalecimento do real faz parte de um esforço do governo para baratear as importações e conter a inflação.

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