segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Em 2013, pressão de preços dos alimentos deve se reduzir

Em 2013, pressão de preços dos alimentos deve se reduzir Após ter registrado muita pressão na inflação no ano passado, os alimentos deverão ter comportamento mais moderado neste ano. Pelo menos em tese Folha de São Paulo
O cenário também era de alívio em 2012, quando a previsão era de safras recordes de grãos, mas a situação foi bem diversa. Os alimentos subiram 10,3% em São Paulo em 2012, o dobro da inflação média, que foi de 5,1%, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Neste ano, deverá haver uma reposição parcial dos estoques mundiais de alimentos, o que impede novas altas de preço. Por ora, o mercado não está acreditando muito nisso. Esperava-se uma queda maior dos preços dos cereais neste início de ano, o que não está ocorrendo. O problema dos alimentos é sempre o risco que se corre na agricultura, que depende de clima favorável. As condições da América do Sul, onde a safra está em andamento, são de apreensão. A chuva atrapalhou o plantio na Argentina e agora dificulta a colheita no Brasil. Nos Estados Unidos, país que viveu forte seca no ano passado, ainda não há uma indicação de condições ideais de plantio neste ano. Apesar do clima Uma coisa é certa. Mesmo com problemas climáticos neste ano, os preços dos alimentos não deverão repetir os patamares de 2012. A quebra na safra fez o óleo de soja subir 26% para os paulistanos. Os custos trazidos pelo aumento nos preços do milho forçou uma elevação de 18% no preço do frango e de 8% no de suínos. Esse aumento de custos forçou a alta de 8% no leite. Situação mais complicada foi a dos cereais. O arroz subiu 40% para o consumidor, o que não vai ocorrer neste ano. A safra é boa, e os preços já foram recompostos. A redução na oferta de feijão também fez o produto subir 34% no ano passado. Embora a oferta não tenha sido recomposta ainda, os preços não deverão ter pressão tão acentuada neste ano como a de 2012. Trigo destoa O trigo pode destoar dentro desse cenário. A safra brasileira foi menor; a da Argentina não atingiu o patamar esperado; e os Estados Unidos estão com dificuldades nesta safra de inverno. Sendo que outros importantes produtores de trigo, como Leste Europeu e Austrália, já haviam tido problemas no ano passado, a oferta do cereal é menor, e os preços, mais elevados. O Brasil importa perto de 70% do que consome. No setor de carnes poderá haver alívio nos preços. Espera-se uma maior oferta de bois prontos para abate e pressão menor no preço do frango, principalmente se for confirmada essa tendência de queda nas exportações. A carne suína, apesar das barreiras de alguns países, tem conseguido novos mercados externos, o que poderá impedir quedas no setor.

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