domingo, 10 de fevereiro de 2013

EUA superam crise e apostam na venda de carros 'médios'

O mercado norte-americano nunca esteve tão bem, de acordo com donos de concessionárias e analistas que participam do congresso da National Automobile Dealers Association (NADA), em Orlando, nos Estados Unidos. As projeções da associação que representa a rede de distribuição, apontam para o crescimento das vendas em 1 milhão de unidades, o que elevaria o mercado local ao patamar de 15,4 milhões de carros emplacados. O congresso promovido pela NADA reúne, até esta segunda-feira (11), concessionários de todo o país e associações de outros mercados, como Brasil, Alemanha e Rússia, e serve de termômetro da economia norte-americana. A previsão anunciada pelo presidente da associação, Bill Underriner, no evento é confirmada por especialistas e por estudos das consultorias J.D. Power e PwC. Para eles, os Estados Unidos não só saíram da crise, como também aprimoraram seu modelo de negócio, o que leva a um crescimento "sustentável" de 14,4 milhões de unidades, em 2012, para 15,4 milhões neste ano, retomando o patamar visto em 2007, um ano antes da crise financeira que abalou o país e, consequentemente, o mundo. Com isso, abre-se caminho para chegar a um mercado de 16 milhões de unidades em 2016. Segundo Paul Taylor, economista chefe da NADA, o patamar de 17 milhões de unidades visto antes de 2007 era artificial. No entanto, hoje, o país tem crédito com qualidade e um novo perfil de consumidor, que amadureceu com a crise, e opta por carros de porte médio - que para o brasileiro, na verdade, ainda são carros de "grande porte". Segundo ele, o lançamento de novos modelos e a revisão da forma de trabalho fizeram com que as montadoras se reerguessem. "Os Estados Unidos ressurgiram das cinzas, estão melhores do que nunca estiveram", analisa o presidente da Federação Brasileira da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flavio Meneghetti, que participa das rodas de discussão do congresso norte-americano. "Muitos concessionários voltaram a abrir aqui [EUA]", destaca o empresário brasileiro, que acredita na manutenção de um patamar de vendas saudável para os próximos anos. "A idade média do carro nos EUA é de 12 anos, então, espera-se a renovação de frota para aquecer o mercado, assim como esperamos no Brasil, com a mesma média", destaca Meneghetti

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