sábado, 16 de fevereiro de 2013

G20 espera afastar ameaça de 'guerra cambial' em reunião em Moscou

G20 espera afastar ameaça de 'guerra cambial' em reunião em Moscou Encontro deve ser dominado por políticas do Japão com o iene. Países vem denunciando denunciam manutenção artificial de As grandes potências industrializadas e emergentes do G20 tentarão neste sábado (16) em Moscou afastar a ameaça de uma "guerra cambial" e adaptar a doutrina do rigor fiscal a uma recuperação mundial vacilante devido à recessão na Eurozona. "O mundo não deve voltar a cometer o erro de utilizar as divisas como instrumento de guerra econômica", declarou o ministro britânico das Finanças, George Osborne, no segundo e último dia de reunião do Grupo dos 20 na capital russa. saiba maisG20 discute câmbio e déficits em reuniões em Moscou Mantega nega uso do dólar para controlar inflação, segundo agências Há pouco tempo, a disputa sobre as moedas estava centrada nas divergências entre as potências ocidentais e a China, acusada de manter o iuane artificialmente baixo para favorecer suas exportações. Mas as injeções de liquidez do Federal Reserve americano e, mais recentemente, do banco central japonês, que buscam favorecer a atividade em seus respectivos países, depreciaram o dólar e o iene, o que automaticamente encarece as divisas de seus competidores e castiga suas exportações. Os emergentes, começando pelo Brasil, vêm denunciando há dois anos estas práticas. Agora eles recebem apoio de países europeus que, como a França, sustentam que o euro é muito forte e está atrasando a saída da crise. Para evitar uma onda de desvalorizações competitivas de moedas, os países ricos do G7 reafirmaram na terça-feira em um comunicado que é preciso deixar que o mercado fixe por si só as taxas de câmbio. Ministros das finanças mundiais se reúnem em encontro do G-20 na Rússia (Foto: Sergei Karpukhin/Reuters) "Nesta semana houve um comunicado muito claro do G7. Hoje verão que o G20 vai fazer eco do que o G7 disse", comentou Osborne em Moscou. No entanto, vários negociadores afirmaram à AFP que a linguagem do G20 não será tão taxativa quanto a do G7. "O G20 inclui Estados mais claramente dirigistas em matéria de câmbio", como a China, razão pela qual não pode ir tão longe quanto os países ricos, explicou um deles. "No entanto, o espírito será o mesmo", afirmou outro. Mas o fato é que, segundo a advertência generalizada, se cada um desvalorizar sua moeda para que sua economia seja mais competitiva em detrimento do vizinho, a recuperação mundial, ainda vacilante, pode correr sério perigo. O crescimento mundial está demorando a arrancar devido à Eurozona, onde a recessão foi mais profunda que o esperado no ano passado. Neste contexto, é levantada a questão de como adaptar a política de rigor orçamentário de forma a não acentuar ainda mais a recessão. Segundo o ministro francês da Economia, Pierre Moscovici, o debate sobre o ritmo de consolidação fiscal e sobre 'o equilíbrio com as estratégias favoráveis ao crescimento' continua. A Rússia, que preside neste ano o G20, espera adiar os objetivos fixados em 2010 em Toronto, onde os países do bloco se comprometeram a reduzir em 2013 à metade seus déficits de então. Alguns países, como a Alemanha, negam-se, no entanto, a fazer muitas concessões. Segundo uma fonte próxima às negociações, o comunicado de Moscou não irá conter objetivos numéricos, mas insistirá na necessidade de definir estratégias críveis no médio prazo, "adaptando-se à situação econômica e às margens de manobra fiscal de cada país". Também se espera que a declaração peça aos países com excedentes comerciais, como China e Alemanha, que apoiem sua atividade, um chamado já realizado no passado e que, até o momento, não deu muitos resultados.

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