sábado, 9 de fevereiro de 2013

Governo promete reajustar preço mínimo do algodão e tenta evitar colapso do setor

O governo federal já iniciou estudos para reajustar os preços mínimos praticados para os produtores de algodão, que enfrentam grave crise e tiveram redução de 33% na área plantada na última safra. O secretário de Política Agricola do Mapa, Neri Geller, admite ter conhecimento de que o setor enfrenta uma forte concorrência internacional e promete buscar solução para o quadro. "O algodão é uma atividade que gera muito emprego e que enfrenta uma disputa internacional muito forte. Os produtores estão tendo um custo bem acima do preo mínimo e isso precisa ser corrigido", afirmou. "Precisamos fazer, de fato, algumas mudanças em relação à política e estamos discutindo a recomposição dos preços mínimos para o algodão da mesma forma como fizemos em 2008 e que deu resultados na produção", completou o diretor de política agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Silvio Porto. Documento com o diagnóstico das dificuldades do setor, subscrito por diversas associações e federações estaduais, foi entregue pela Associação dos Produrores de Algodão (Abrapa) ao Ministério da Agricultura (Mapa). Na carta, que foi discutida pelos membros da Frente Parlamentar da Agropecuária, os produtores fazem um verdadeiro pedido de socorro para evitar o colapso na cotoniciltura, causada principalmente pela crise redução das exportações. Segundo a Abrapa, o preço mínimo do algodão não é alterado desde 2003, quando alcançou o patamar de R$ 44,60/arroba. Conforme levantamento da Conab, o custo médio de produção do algodão para a safra 2012/2013 é de R$ 61,29. “Com a baixa na demanda mundial já reduzimos nossa área plantada em 33% para a atual safra, saindo de 1.391.740 hectares em 11/12 para 932.400 em 12/13. Tendo ainda esse preço mínimo tão abaixo do custo, nos levará a acabar com a produção de algodão no país. E isso gerará perdas irreversíveis para a economia brasileira”, afirma Gilson Pinesso, presidente da Abrapa. Em comparação a outras culturas, o algodão é a única com defasagem na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Entre 2003 e 2013, produtos como arroz, milho, soja e feijão tiveram reajustes variados entre 29% e 79,3%. “Quando estas culturas precisaram de reajuste, o governo agiu. Agora, somos nós quem precisamos e esperamos que o Ministério da Agricultura se sensibilize com a causa, assim como o Ministério da Fazenda”, diz Pinesso. Fonte: Agro Olhar

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