domingo, 10 de fevereiro de 2013

Instituto Inhotim reúne obras de arte e desenvolve inovações ambientais

Instituto Inhotim reúne obras de arte e desenvolve inovações ambientais Museu, em Minas Gerais, é também um jardim botânico. Espaço integra mais de quatro mil espécies de plantas com obrasNo Instituto Inhotim, no município de Brumadinho, em Minas Gerais, as obras de arte ficam espalhadas no jardim. No local, a natureza não serve só de moldura para as instalações, mas que permite o acesso à arte. Ao todo são 786 hectares, sendo que 300 são de reserva natural. O local está próximo à Serra do Rola-Moça, uma região de mineradoras. O proprietário de Inhotim resolveu transformar o buraco da mineração em um jardim, depois num museu e hoje é também um jardim botânico. O idealizador é Bernardo Paz. Todo o investimento inicial, principalmente a compra do acervo de arte, foi dele. Hoje o instituto é uma OSCIP, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, uma associação privada sem fins lucrativos que também recebe recursos do governo através de convênios. Desde 2010, o instituto conquistou o registro de jardim botânico e hoje faz parte das 46 instituições da Rede Brasileira de Jardins Botânicos. Uma de suas funções é desenvolver inovações ambientais. “No caso de Inhotim esse componente da arte é um modelo, um componente que faz parte DNA de Inhotim. Falamos muito da biodiversidade e temos que pensar na diversidade das destruições dos jardins botânicos brasileiros”, diz Joaquim de Araújo, diretor do Jardim Botânico Inhotim. São mais de quatro mil espécies de plantas espalhadas por uma área de 100 hectares de visitação. O local abriga vários trabalhos baseados na sustentabilidade. A bióloga Letícia Aguiar explica que cerca de 100 bancos espalhados pelo instituto foram feitos de espécies que morreram de forma natural. O artista plástico Hugo França faz um trabalho de design para produzir os bancos. “Não precisamos extrair as espécies naturais, podemos esperar que a natureza se encarregue do seu ciclo de vida e agente faz o aproveitamento da madeira”. O instituto também está atento às obras que vão trazer impactos ambientas. Por isso, sempre que uma grande obra é feita, como a abertura de uma estrada ou uma hidroelétrica, a equipe do Inhotim vai até o local e faz uma operação de resgate. Na reportagem é mostrada a retirada de palmeiras de uma área de expansão de mineração. A mineradora, que tinha a permissão para derrubada de árvores, autorizou a entrada da equipe do Inhotim e ainda emprestou tratores e guindastes. O instituto identificou as espécies e depois, numa operação habilidosa, a árvores inteiras foram retiradas. O Inhotim é pioneiro no transporte de plantas adultas. O resgate de cada árvore custa R$ 20 mil. As árvores retiradas foram plantadas no jardim do instituto.

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