terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Itália enfrenta impasse após eleição, investidores reagem

Itália enfrenta impasse após eleição, investidores reagem terça-feira, 26 de fevereiro de 2013 09:47 BRTROMA, 26 Fev (Reuters) - Os mercados acionários recuaram e os custos do empréstimo estatal subiram na terça-feira, com temores de investidores sobre o impasse político após uma eleição que viu o voto de protesto liderar as pesquisas e em que nenhum grupo obteve uma clara maioria no Parlamento. "O vencedor é: Ingovernabilidade", dizia a manchete do jornal Il Messaggero de Roma, refletindo o impasse que o país terá de enfrentar nas próximas semanas, com inimigos declarados sendo obrigados a trabalhar juntos para formar um governo. Em um sinal do que está por vir, o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi indicou que a sua centro-direita pode estar aberta a uma grande coalizão com o bloco de centro-esquerda de Pier Luigi Bersani, que terá a maioria na Câmara. Resultados no Senado, onde as cadeiras são distribuídas regionalmente, indicavam que a centro-esquerda ficaria com cerca de 119 assentos, em comparação com 117 para a centro-direita. Mas 158 são necessários para uma maioria para governar. Qualquer governo de coalizão que pode vir a ser formado deve ter a maioria trabalhando em ambas as Casas, para poder aprovar a legislação. Mercados financeiros mundiais reagiram com nervosismo à perspectiva de um impasse na economia da zona do euro, a terceira maior, com lembranças recentes da crise que levou o bloco de 17 Estados à beira do colapso em 2011. O fraco desempenho do bloco centrista do primeiro-ministro Mario Monti, no entanto, refletiu um cansaço com o plano de austeridade que foi explorado por Berlusconi e pelo comediante Beppe Grillo, com seu populista Movimento 5 Estrelas, que ganhou mais votos do que qualquer outro partido único, tendo 25 por cento em nível nacional. Aliados de Bersani ajudaram seu bloco de centro-esquerda a vencer na Câmara por apenas 125.000 votos. Berlusconi, um magnata da mídia, disse que não está preocupado com a reação do mercado. Em um telefonema para um programa de televisão pela manhã, ele disse: "A Itália deve ser governada." Ele descartou um acordo com Monti, mas disse que ele "deve refletir" sobre um possível acordo com a centro-esquerda: "Cada (lado político) deve estar preparado para fazer sacrifícios."

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