terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Mato Grosso está atrapalhando o Sul", diz Eraí Maggi

Mato Grosso está atrapalhando o Sul", diz Eraí Maggi Produtor rural diz que regiões poderiam lutar por união para incrA produção de grãos no Mato Grosso está incomodando a da região Sul do país". Quem faz a afirmação é um dos maiores produtores de grãos do mundo, Eraí Scheffer Maggi, proprietário do Grupo Bom Futuro. De acordo com o produtor - que conversou com a reportagem de Globo Rural Online neste domingo (3/2), durante avaliação técnica de lavouras de soja realizada pelo Rally da Safra (Eraí estava passeando de bicicleta às margens da BR-070 quando parou para ver o que estava acontecendo) - as diferenças de produtividade, preços e serviços poderiam ser "melhor organizadas" para que o agronegócio nacional tivesse mais fluxo. "Temos que somar ideias". Maggi defende que deveria haver uma união entre produtores de grãos das duas regiões. "Com a nossa produção aqui [em Mato Grosso], o pessoal do sul perde no preço e na produtividade", diz ele. "Seria ótimo se os serviços como produção e fornecimento de insumos, maquinário, entre outras coisas, ficassem concentrados nos Estados do Sul para gerar empregos, e a produção, em Mato Grosso". O produtor rural justificou seu ponto de vista dizendo que, desta forma, as exportações pelos portos da região Norte, para o mercado asiático, ganhariam impulso. "Eu acredito de verdade que a questão logística está próxima de ser solucionada, em dois, três anos, em Mato Grosso", afirma. Apesar do otimismo, ele, que tem em torno de 240 mil hectares plantados com algodão, milho e soja, diz que a falta de armazéns na região ainda são um 'calo na bota do agricultor'. "De que adiante investirmos milhões em máquinas de última geração se não temos armazéns suficiente para guardar a produção?", questiona. No meu caso, quando não tem onde armazenar, eu jogo no chão, mas tem produtor que tem medo de fazer isso", continua. O outro item preocupante é a rapidez com que a lei dos caminhoneiros foi implantada. "Teria que ser feito gradualmente, para que eles [caminhoneiros] possam se adaptar. Foi uma mudança muito estúpida, no sentido de ser rápida demais", diz ele. "Vai represar, vai ter problema, podem apostar". O Grupo Bom Futuro, segundo o seu proprietário, já colheu 40% de toda a sua safra de algodão e vai apostar fortemente na cultura do milho. "Vai ser uma safra ótima", afirma Maggi, explicando que a soja é sua opção de segunda safra. Muita chuva O 10º Rally da Safra começou a terceira etapa de avaliações de lavouras neste domingo (3/2), com largada em Cuiabá. O destino final do dia foi a cidade de Primavera do Leste, distante 160 quilômetros. Em todos os cerca de 30 pontos avaliados, o excesso de chuva provocou problemas. "Faz mais ou menos 20 dias que está chovendo sem parar, não conseguimos colher, estamos atrasados, quase perdendo", explica o produtor rural Bortolo Bravin, um dos donos da Fazenda Santa Clara (4,1 mil hectares), de Poxoréu. "Tem muita gente por ai esquecendo a soja e jogando milho em cima", diz ele. Ali perto, em Dom Aquino, Renato José Klafke diz que já perdeu 40% da colheita. "Não tem jeito, choveu demais e está ruim", lamenta. "Pior ainda é que o agricultor brasileiro não tem onde se apoiar quando isso acontece. Não temos seguro rural. Se é nos Estados Unidos, o produtor ainda tem um alívio. Aqui não". Na Fazenda Paineira, onde Klafke é o gerente, a colheita começou nesta semana. O excesso de chuvas, segundo Marcos Rubim, da Agroconsult, empresa organizadora do Rally da Safra, o excesso de chuvas provoca umidade elevada nos graos, que ficam "ardidos" e apodrecem dentro da vagem, além de propiciar o aparecimento de lagartas. Nesta segunda-feira (4/2), as equipes do Rally da Safra percorrem o trecho que separa Primavera do Leste a Rondonópolis, sul do Estado de Mato Grosso.ementar o agronegócio brasileiro

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