sábado, 16 de fevereiro de 2013

Mergulhadores exploram lago russo que teria sido atingido por meteoro

Mergulhadores exploram lago russo que teria sido atingido por meteoro Seis profissionais buscam fragmentos de corpo celeste, diz governo. Equipe avalia estabilidade sísmica de edifícios na reUma equipe de mergulhadores vasculha neste sábado (16) o lago congelado Shebarkul, na região de Chelibinsk, na Rússia, atrás de fragmentos do meteoro que caiu nesta sexta-feira e, supostamente, teria atingido o lago. Uma rachadura na cobertura espessa de gelo levantou a suspeita de um possível impacto do corpo celeste naquela área. De acordo com um porta-voz do ministério de Situações de Emergência, em entrevista a agências de notícias russas, um grupo de seis mergulhadores inspecionará as águas em busca de fragmentos. Caso seja encontrado algum indício do corpo celeste, o meteoro poderá ser reclassificado para meteorito Quando um corpo rochoso vem do espaço e entra na atmosfera, ele é inicialmente chamado pelos astrônomos de meteoro. Caso ele atinja o solo, em vez de se desfazer em atrito com a atmosfera, ele passa a ser classificado de "meteorito", conforme explica o astrônomo Cássio Barbosa, colunista do G1. De acordo com o ministro de Situações de Emergência, Vladimir Pushkov, uma equipe especial do governo foi enviada à região para avaliar a estabilidade sísmica dos edifícios. Ele comentou ainda que haverá cuidados ao religar o gás dessas edificações. Pessoa observa buraco provocado nesta sexta-feira (15) por meteoro em lago congelado Shebarkul na Rússia (Foto: AP) Ainda neste sábado, o governo de Cheliabinsk iniciou no sábado (16) uma grande operação para consertar os estragos provocados pelo fenômeno. Cerca de 20 mil pessoas foram mobilizadas no país para participar da limpeza e também do atendimento aos feridos, que ainda neste sábado permaneciam sob observação médica. Último dado divulgado pelo Ministério do Interior russo aponta que ao menos mil pessoas tiveram ferimentos devido aos estilhaços de vidro, que se quebraram com a aparição da bola de fogo no céu. Deste total, 200 seriam crianças. Montagem mostra queda de meteoro na Rússia nesta sexta-feira (Foto: Reprodução) Sistema de defesa Agências de notícias afirmam que autoridades da Rússia defenderam a criação de um sistema conjunto de combate a asteroides. Alexei Pushkov, chefe do Comitê de Assuntos Exteriores do Parlamento russo, escreveu em sua conta no Twitter que “'em vez de lutar na Terra, as pessoas deveriam criar um sistema conjunto de defesa dos asteroides”. A opinião é compartilhada pelo presidente russo, Vladimir Putin. Segundo a agência de notícias "France Presse", o presidente convocou os Estados Unidos a se unir ao país e à China para criar um sistema de defesa contra asteroides. Nesta semana, pela primeira vez um grupo de trabalho das Nações Unidas propôs um plano de coordenação internacional para detectar asteroides potencialmente perigosos e, em caso de risco para a Terra, preparar uma missão espacial com capacidade para desviar sua trajetória. "O risco de que um asteroide se choque contra a Terra é extremamente pequeno, mas, em função do tamanho do asteroide e do local do impacto, as consequências podem ser catastróficas", indica um relatório entregue esta semana aos Estados-membros por parte do Escritório da ONU para o Espaço Exterior (Unoosa, na sigla em inglês). O relatório de 15 páginas foi elaborado por um grupo de trabalho criado em 2007, em Viena, na Áustria. Atualmente são conhecidos cerca de 20 mil asteroides próximos à Terra, dos quais aproximadamente 300 são potencialmente perigosos, explica o diretor do grupo de trabalho que redigiu o documento, o mexicano Sergio Camacho. Até 2020, o analista prevê que será detectado até meio milhão de asteroides próximos a nosso planeta graças à melhora da tecnologia de localização. "São objetos que estão aí, mas não sabemos onde estão", ressalta.

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