quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

MT: Com mais tecnologia, produção de leite cresce 14%

MT: Com mais tecnologia, produção de leite cresce 14% Produção de leite em Mato Grosso cresceu 14% em dezembro de 2012, quando foi captado em média 1,357 milhão de litros por dia, contra os 1,190 milhão l/dia em novembro
O resultado do fechamento do ano deve contribuir para que o Estado salte da 9ª colocação, que ocupou em 2011 com a captação de 743 milhões de litros, para 8ª posição no ranking nacional de produção de leite em 2012, cujo balanço final ainda não foi divulgado. A análise do setor foi apresentada nesta quarta-feira (06) durante o lançamento do 1º Boletim da Pecuária Leiteira Mato-grossense, desenvolvido pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Assim como já é feito semanalmente com soja, milho, algodão e bovinocultura, todo dia 1º de cada mês, o instituto deve divulgar o boletim do leite, trazendo informações sobre volume captado e preço. “Nosso objetivo é auxiliar o produtor no que tange ao mercado. Será um referencial para comercialização”, explica o gestor do Imea, Daniel Latorraca, destacando ainda que o banco de dados serve como subsídio técnico para demandas de apoio ao setor. Regiões - A maior bacia produtora de leite de Mato Grosso fica no Oeste, que teve uma média de 487,419 mil l/dia no último mês de 2012. O Norte tem a 2ª maior captação, com a média de 292,895 mil l/dia em municípios como Terra Nova, Colíder e Alta Floresta. Também em dezembro, os municípios do Nordeste, que produziram uma média de 162,641 mil (l) diários, “tomaram” a 3ª colocação do Sudeste, que encerrou o ano captando 106,707 mil (l) ao dia. O Sudeste foi a única região do Estado que teve redução, de 23,5% na captação média na mesma base comparativa. Em contrapartida, em 30 dias, a produção na média diária no Médio-Norte subiu 140,9%, onde o volume ainda é “tímido”, chegando a 98,930 mil l/dia. Mercado - De acordo com o analista de Pecuária do Núcleo da Famato, Carlos Augusto Zanata, a intenção é chegar ao grupo dos 5 maiores produtores do Brasil nos próximos 4 ou 5 anos, produzindo 3 bilhões de litros por ano. Para chegar a esse estágio, aponta como desafio a melhoria da nutrição animal na época de seca e aumento em dobro do rebanho e da produtividade no Estado. Estima-se que o rebanho de vacas leiteiras em Mato Grosso seja de 1,2 milhão de cabeças. Diariamente, cerca de 55% delas são ordenhadas. O restante está na finalizando a gestação. “A pecuária leiteira é altamente rentável quando feita de forma correta”, afirma ao frisar que o produtor mato-grossense em sua maioria não tem tecnologia para fazer o programa de seca. Poder de compra - O planejamento durante a seca pode evitar perdas durante esse período crítico, quando os produtores precisam suplementar a alimentação dos animais com ração (milho e farelo de soja). Analista de Pecuária de Leite do Imea, João Henrique Buschin, lembra que até dezembro de 2011 os preços da ração estavam razoáveis, mas em meados de 2012 aumentaram devido ao crescimento da demanda externa, com a quebra da safra nos Estados Unidos. Na época, a venda de 1 litro pagava 725 gramas de ração.

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