terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Número de mortos na Síria deve se aproximar dos 70 mil, diz chefe da ONU

NAÇÕES UNIDAS, 12 Fev (Reuters) - O número total de mortos na Síria deve se aproximar dos 70 mil, com os civis pagando o preço pela inação do Conselho de Segurança da ONU para dar fim a quase dois anos de conflito, disse a chefe dos direitos humanos da organização nesta terça-feira. Navi Pillay, alta comissária da ONU para os direitos humanos, repetiu seu apelo para que a Síria fosse encaminhada ao Tribunal Penal Internacional pelo conselho de 15 membros, enviando assim uma mensagem a ambas as partes no conflito de que haverá consequências a suas ações. Pillay disse em um debate no conselho sobre a proteção de civis em conflitos armados que o número de mortos na Síria estava "provavelmente se aproximando dos 70 mil". Em 2 de janeiro, Pillay disse que mais de 60 mil pessoas foram mortas durante a revolta contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, que começou com protestos pacíficos, mas ficou violenta depois que as forças de Assad tentaram esmagar as manifestações. "A falta de consenso sobre a Síria e a inação resultante vem sendo desastrosa e os civis de todos os lados pagaram o preço", disse ela. "Seremos julgados pela tragédia que se desenrolou diante de nossos olhos". As potências mundiais estão divididas sobre como parar a escalada de violência na Síria, e é improvável que o Conselho de Segurança leve a situação na Síria ao Tribunal Penal Internacional em Haia, que não é um órgão oficial da ONU. Rússia e China, membros permanentes do Conselho de Segurança, vêm agindo como protetores da Síria no órgão, bloqueando repetidamente os esforços ocidentais para adotar uma ação mais forte da ONU - como sanções - contra o governo sírio para tentar acabar com a guerra. Os dois lados no conflito sírio foram acusados de cometer atrocidades, mas a Organização das Nações Unidas diz que o governo e seus aliados são mais culpados. "A Síria está se autodestruindo", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ao Conselho de Relações Exteriores da noite de segunda-feira. (Por Michelle Nichols)

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