terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Obama salienta riscos de corte orçamentário para setor de defesa

Por Mark Felsenthal NEWPORT NEWS, Estados Unidos, 26 Fev (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi nesta terça-feira a um estaleiro dependente de contratos militares para defender mais moderação nos cortes orçamentários, mas não há sinais de que ele conseguirá impedir o contingenciamento automático que entra em vigor na sexta-feira. "Esses cortes estão errados. Eles não são inteligentes, não são justos. São uma ferida autoinfligida que não tem de acontecer", disse ele a operários diante de uma enorme turbina de submarino no estaleiro Newport News Shipbuilding, na Virgínia. A entrada em manutenção no estaleiro do porta-aviões USS Abraham Lincoln, por exemplo, já foi adiada devido à crise orçamentária. A Casa Branca tem promovido vários eventos para alertar sobre possíveis danos dos cortes orçamentários de 85 bilhões de dólares sobre os serviços públicos, da menor oferta de creches a um caos aéreo. Um acordo no Congresso poderia suspender os cortes, mas parece improvável que os dois partidos se ponham de acordo nesta semana sobre como substituí-los. Os republicanos querem cortes de outra natureza, mais dirigidos do que o chamado "sequestro" orçamentário generalizado. Eles acusam Obama de estar exagerando o impacto do sequestro para promover planos do seu governo para eliminar lacunas tributárias que beneficiam contribuintes mais ricos. O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, disse que Obama está "usando nossos homens e mulheres militares como objeto cênico em mais um comício de campanha para angariar apoio aos seus aumentos tributários". "O presidente anda por aí como se o mundo fosse acabar porque o Congresso pode realmente seguir uma ideia que ele propôs e sancionou como lei, enquanto finge que é de certa forma impotente para parar com isso", disse o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell.

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