sábado, 9 de fevereiro de 2013

Oposição a Chávez critica desvalorização cambial na Venezuela

Oposição a Chávez critica desvalorização cambial na Venezuela Governo desvalorizou o bolívar em 32% antes do feriado de Carnaval. Medida alivia finanças públicas, mas pode impulsionar a inflação
Líderes da oposição da Venezuela criticaram uma nova desvalorização cambial implementada pelo presidente Hugo Chávez, classificando-a como evidência de incompetência econômica, enquanto alguns venezuelanos correram às lojas neste sábado (9) com medo de aumentos de preços. Embora não seja visto em público desde que passou por uma cirurgia contra o câncer há dois meses em Cuba, ministros do governo disseram que Chávez ordenou pessoalmente a quinta depreciação do bolívar em uma década de economia socialista no país-membro da Organização de Países Produtores de Petróleo (Opep) -- dessa vez, em 32%. saiba maisLeia mais notícias sobre a Venezuela "O duo Maduro-Cabello está acabando com nossa Venezuela, e não podemos permiti-lo!", disse o líder da oposição Henrique Capriles, acusando o vice-presidente, Nicolás Maduro, e o presidente do Congresso, Diosdado Cabello, de desperdiçar receita de altos preços de petróleo. "Eles gastaram o dinheiro em campanhas (eleitorais), corrupção e presentes no exterior. Que governo mentiroso!", disse Capriles no Twitter. Venezuelanos retiram dinheiro de caixas eletrônicos nesta sexta-feira (8) em Caracas (Foto: AP) A medida foi anunciada antes do feriado de quatro dias devido ao Carnaval na Venezuela para minimizar repercussões políticas ou no mercado. A mudança era amplamente esperada por economistas como uma maneira de corrigir distorções, entre elas uma taxa cambial no mercado paralelo, quatro vezes o nível oficial antigo de 4,3 bolívares. Levantar a taxa para 6,3 bolívares vai ajudar as finanças públicas ao fornecer mais moeda local por cada dólar de receita de exportação de petróleo. Mas também aumenta os preços de importações cruciais para a economia venezuelana, bastante dependente de petróleo, o que pode impulsionar a inflação -- embora o governo vá tentar frear esse impacto usando controles de preço.

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