sábado, 9 de fevereiro de 2013

Produtores terão prejuízo com escoamento de safra

Produtores terão prejuízo com escoamento de safra Estradas rurais estão em péssimas condições e município não terá como fazer reparos até a colheita 10/02/2013 | 00:01 Telma Elorza Produtores rurais de Londrina que dependem de estradas rurais para escoamento da safra podem ter prejuízos. O Município não terá condições de deixá-las em condições até o início da colheita. A Secretaria Municipal de Agricultura está com 47% da sua frota parada, indicada a leilão. O secretário interino de Agricultura, Cleuber Moraes Brito, disse que só poderá fazer ações pontuais em trechos de estradas-tronco, com grande demanda de tráfego. “Infelizmente, só poderemos mexer nas estradas rurais para a colheita de 2014”, diz. Produtores rurais da região conhecida como Remansinho, a sete quilômetros do Patrimônio Três Bocas (Zona Sul), já estão sofrendo com a estrada rural que liga cerca de 30 propriedades ao patrimônio. Eles reclamam que, há três anos, a secretaria colocou moledo na estrada, mas não compactou. “Hoje, a situação está catastrófica porque as pedras grandes cortam os pneus dos caminhões. Há trechos com desbarrancamento, o que estreitou a pista, e dois caminhões não conseguem passar ao mesmo tempo”, conta Antônio da Silva, 64 anos, dono do Sítio São João. Segundo ele, há anos os produtores reclamam com a secretaria, mas até agora nada foi feito. “As últimas dez reclamações foram feitas de novembro para cá.” Dorival Frorio, 51 anos, da Fazenda Santa Maria, também reclama e diz que está preocupado. “Vamos ter prejuízo, com certeza, porque não tem pneu que aguente e, em alguns trechos, os caminhões patinam e não sobem. Alguns produtores estão até tentando arrumar, mas precisamos de patrola e rolo compressor”, diz. Segundo os produtores, eles se ofereceram para fazer a manutenção das máquinas do município, mas nunca tiveram resposta da secretaria. De acordo com o secretário, a demanda da colheita é sazonal. “A manutenção teria que ser feita o ano todo, mas é nessa época que aparecem as reclamações.” Mas, segundo ele, a secretaria não terá condições de atender. “Nesse primeiro mês à frente da secretaria, fiz um levantamento de toda a estrutura da pasta e a situação não é boa. Recursos humanos até temos, mas não máquinas em condições de uso.” Segundo o secretário, de uma frota total de 64 veículos, apenas 34 máquinas e equipamentos estão em operação. Se a frota for a leilão, diz Brito, será até muito difícil vender, por conta das condições em que se encontram. “Alguns nem têm mais conserto. É uma herança maldita que recebemos.” O secretário diz que a situação é tão precária que a secretaria não vai dar conta do volume de serviço – talvez por todo o ano. “Não temos condições de, em um curto espaço de tempo, arrumar e substituir essas máquinas. Conseguimos, com muito esforço, concluir a ponte de Guairacá, mas infelizmente vamos ter estrangulamento nessa safra”, aponta. O fato de que teve que ceder algumas máquinas, como pás carregadeiras, para o combate à dengue no Município, complica a situação. “A dengue também é uma questão crucial.” Para Brito, uma das pautas mais importantes para a nova administração será a de gestão da frota. “Vamos ter que estudar qual a demanda e quais as necessidades. E a partir daí, estabelecer um programa de reposição e manutenção. Sem frota, eu não consigo nem discutir políticas de desenvolvimento

Nenhum comentário:

Postar um comentário