segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Semana será de tempo seco nas áreas produtoras de grãos da Argentina

As últimas semanas foram de poucas no centro-norte da Argentina, a principal área produtora de soja e milho no país. Nos últimos sete dias, as precipitações mais fortes se concentraram entre as províncias de Córdoba e Santa Fé, onde os acumulados ficaram em torno de 50mm a 75mm. Porém, as chuvas não foram generalizadas e algumas regiões, incluindo principalmente as províncias Buenos Aires e La Pampa a lavoura de soja já começa sentir os efeitos da falta de chuva observada desde o final de janeiro e em fevereiro. A previsão ainda não é animadora. A semana começa com áreas de instabilidades e chuvas sobre o centro e norte da Argentina, o que entre hoje e amanhã deve causar chuvas isoladas em regiões produtoras de grãos, como o Pampa Úmido. Os volumes de chuva ainda não serão altos e não devem passar dos 30mm ao longo dessa semana. “Para as áreas produtoras mais ao sul, a previsão é de continuidade de um período de pouca chuva e temperatura em elevação”, explica o climatologista da Somar, Paulo Etchichury. Os termômetros passam dos 25°C essa semana na região de Córdoba. As condições climáticas mudam um pouco no fim de semana, quando uma frente fria se forma entre a Argentina e o Rio Grande do Sul e provoca chuvas mais intensas nessa região, o que vai afasta, temporariamente, o risco de uma seca generalizada e de grandes proporções. Mesmo assim, o alerta continua, já que a condição de pouca chuva deve persistir pelo menos até o final de fevereiro. Nas próximas semanas as chuvas não serão regulares e sem grandes acumulados. Para as províncias de Entre Rios e Santa Fé, onde já começou a colheita de milho, a falta de chuvas não atrapalha os trabalhos nas lavouras. Mas na região produtora de Buenos Aires e La Pampa, já existem perdas irreversíveis por causa do tempo seco. No caso da soja, a situação é mais preocupante, já que muitas lavouras estão em fase de desenvolvimento. “A tendência de pouca chuva para o restante do mês de fevereiro para a lavoura de soja de algumas províncias do sul argentino, aumenta o risco de redução do potencial de produção” conclui Etchichury.

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