segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Volume de exportações de frutas registra alta em 2012

Volume de exportações de frutas registra alta em 2012 Já as importações do setor diminuíram no ano na comparação com 2011
O volume de exportação de frutas aumentou em 2012. Já as importações diminuíram, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf). No segmento das frutas frescas, a situação econômica mundial acabou tornando a importação pouco vantajosa. Os produtores investiram mais no mercado interno em 2012, o que o manteve aquecido. A boa safra também colaborou para este cenário e, ainda, auxiliou em um ligeiro aumento das exportações. Em 2012, as frutas frescas exportadas renderam US$ 619 milhões, contra US$ 633 milhões no ano anterior. Foram exportadas 693 mil toneladas de frutas, um acréscimo em relação as 681 mil toneladas embarcadas em 2011. – O melhor valor das nossas exportações de frutas frescas equivalente a 2,34% em relação a 2011 e se explica, em parte, pela pressão sobre os preços, com consequência dos impactos causados pela recessão econômica nas economias dos principais mercados compradores. Somando-se também a uma cesta de ofertas de frutas em 2012, no seu conjunto com menor valor agregado, inferior em 4% ao ano anterior – observou Cloves Ribeiro Neto, gerente de mercado do Ibraf. Nesse último ano, mereceram destaque o melão, o limão e a manga com crescimentos de 7,2%, 9,5% 0,5%, respectivamente, nos volumes exportados na comparação com 2011. O melão foi o fruto brasileiro mais exportado, com 181,7 mil toneladas. A manga, por sua vez, trouxe mais divisas para o país, com US$ 137 milhões. Estes resultados se refletem entre os Estados com maiores vendas ao Exterior. O Ceará, um dos principais produtores de melões, foi o que teve a maior exportação em tonelagem (146,5 mil toneladas) enquanto a Bahia, grande produtor de manga, foi quem mais arrecadou no comércio internacional (US$ 130,3 milhões). Os principais destinos das frutas frescas brasileiras foram Holanda, com mais de um terço do valor e do volume totais (respectivamente 42% e 39%); Reino Unido (20% do valor e 18% do volume); e Espanha (10,% e 12%). A lista dos 10 maiores importadores de frutas brasileiras no último ano se completa com Estados Unidos, Alemanha, Argentina, Portugal e França. Por sua vez, as importações de frutas frescas apresentaram uma queda de 7% em volume e uma leve alta de 0,5% em valor em relação ao ano de 2011. A pera é a principal fruta importada em volume e valor, com 217 mil toneladas e 224 milhões de dólares, seguido por maçãs, ameixas, uvas, kiwis e pêssegos, tendo como origem principal a Argentina, seguidos por Chile, Espanha, Portugal e Itália. Em termos de balança comercial 2012, o saldo positivo foi de US$ 152 milhões, 9,3% superior ao obtido em 2011 e acima do saldo do Agronegócio Brasileiro que foi de 0,9%. Nozes, castanhas e frutas processadas Quanto às frutas processadas, os sucos de laranja assumem as primeiras posições de mais exportados. Considerando todos os tipos de sucos de laranja, em 2012, as exportações em volume apresentaram uma retração de 5,5% e em valor uma retração de 4,2%, em relação ao ano anterior. Foi exportado 1,9 milhão de toneladas, correspondente a US$ 2,3 bilhões. As exportações dos sucos de maçã cresceram 17,25% em volume e 23,21% em valor na comparação com 2011. Porém, as exportações de sucos de uva recuaram 45,52% em volume e 58,0% em valor. A demanda interna a preços favoráveis inibiu as exportações. Quanto aos sucos de frutas tropicais, o suco de abacaxi concentrado também recuou 57% em volume e 54 % em valor. Quanto às nozes e castanhas tropicais, o Brasil exportou 37 mil toneladas de castanhas de caju beneficiadas (sem casca) no valor de US$ 187,7 mil dólares, o que significou uma retração em volume de 3,7% e de 18,1% em valor em relação a 2011. Quanto a Castanha do Brasil (Castanha do Pará) exportamos 10,3 mil toneladas correspondendo a US$ 20,5 mil. Houve uma expansão de 1,7% em volume e 48,7% em valor. A demanda internacional pela Castanha do Brasil tem sido maior que a oferta, o que explica sua valorização. Os países que tiveram o maior volume de exportação de frutas processadas em 2012 foram Bélgica (39%), Holanda (23%) e EUA (22%), e a lista dos 10 países que mais exportaram se finaliza com Japão, Reino Unido, China, Suíça e Austrália. Já a importação de frutas processadas obteve uma queda de 4% em volume e uma alta de 2,7% em valor, com quase 190 mil toneladas e um pouco mais de 400 mil dólares em 2012. A castanha do caju foi mais importada, com uma variação de 36% em volume, seguida de uvas secas, com uma pequena variação de 1,3% e doces, purês e pastas de outras frutas, com uma queda de 46,9% entre os dois últimos anos. Para o diretor presidente do Ibraf, Moacyr Saraiva Fernandes, as expectativas para as exportações em 2013 devem ficar estáveis em níveis semelhantes a 2012. – As dificuldades encontradas em 2012 devem se repetir este ano, com os valores negociados no mercado internacional ainda menor, devido à persistência da crise econômica. Também tivemos alguns problemas climáticos em regiões produtoras que podem sofrer baixas em volume de produção destinada à exportação e os exportadores estão comercializando grande parte de sua produção no mercado brasileiro cada vez mais aquecido –

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