segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ameaças constantes preocupam suinocultores

Ameaças constantes preocupam suinocultores 08/04/2013 07:39 O cuidado com a saúde dos suínos é preocupação constante entre os produtores de todo o país. Doenças que podem ser contraídas pelos leitões nas primeiras semanas de vida sempre impactam no crescimento saudável dos animais, comprometendo o desempenho nas diversas fases da vida do animal, além de acarretar perdas econômicas. Tanto, que muitas dessas enfermidades podem permanecer incubadas sem apresentar sintomas visíveis, sendo que o suíno infectado é capaz de disseminar a doença e ter os órgãos, como o pulmão e o intestino, danificados. Uma das doenças mais prevalentes e que causa grande impacto econômico ao sistema de produção é a circovirose. Causada pelo agente Circovírus Suíno Tipo 2 (PCV 2), a enfermidade tem transmissão oro nasal (nariz com nariz), é altamente contagiosa e afeta o sistema imunológico, facilitando a entrada de agentes secundários oportunistas que dão origem à diversas infecções. Os principais sinais clínicos, são: a excessiva perda de peso (emagrecimento progressivo), perda de apetite, linfadenopatia - aumento dos gânglios, principalmente na região do pescoço e ignal -, diarreia crônica e dificuldades respiratórias. Segundo especialistas, não existe um tratamento específico para a virose, na maioria das vezes é combatida a infecção secundária, mas o vírus continua ativo. Segundo a avaliação da médica veterinária especialista em suínos, Nazaré Lisboa, a melhor maneira de proteger e preservar a saúde do plantel é por meio da vacinação, além da aplicação de boas praticas de manejo. Essas práticas incluem o uso racional das instalações com adequado fluxo de produção, o que facilita a adoção do sistema “tudo dentro/ tudo fora” - separação de lotes de animais com idades diferentes evitando a contaminação dos leitões mais novos pelos mais velhos -, programa nutricional adequado para atender as exigências de cada fase, evitar a presença de animais clinicamente afetados que serão portadores e disseminadores do vírus, além de situações de estresse relacionados à ambiência, nutrição e manejo. Uma das empresas a sair na frente no controle desta doença é a Pfizer Saúde Animal, que oferece a Suvaxyn PCV2, primeira vacina de dose única contra circovírus registrada no Brasil para ser utilizada em leitões a partir de 3 semanas de vida. O produto promove alta resposta antigênica e tem o diferencial de reduzir o nível de vírus circulantes no sangue do animal com apenas uma dose. O período de proteção é de quatro meses, e a vacina também pode ser administrada em duas doses, proporcionando flexibilidade no protocolo conforme manejo da propriedade. A Associação de Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), preocupada com questões sanitárias referentes à atividade suinícola, criou o Comitê Técnico Sanitário de Suideocultura de Mato Grosso (CSSMT). O objetivo é propor medidas e ações direcionadas à proteção e ao aprimoramento das práticas de defesa sanitária da suinocultura e também embasar/subsidiar com demandas o Comitê Estadual de Sanidade Suídea Coessui/MT. Segundo o diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues, o desenvolvimento e efetivação de programas de sanidade são considerados fundamentais para que o Estado possa atingir novos mercados. “Ao preservarmos a qualidade sanitária do nosso rebanho de suínos podemos aumentar a competitividade de nosso produto no mercado internacional. E o Comitê será uma ferramenta de fortalecimento do sistema sanitário. Fonte: A Gazeta (foto: assessoria/arquivo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário