quinta-feira, 18 de abril de 2013

Área de plantio aumenta 7 milhões de ha em 10 anos nos EUA; problemas ambientais preocupam

Área de plantio aumenta 7 milhões de ha em 10 anos nos EUA; problemas ambientais preocupam 18/04/2013 - 09:24 Da Redação - Rodrigo Maciel Meloni Apesar do crescimento, os problemas trabalhistas e ambientais podem estagnar produção do milho nos Estados Unidos. A avaliação foi feita pelo vice-presidente da Associação de Soja de Illinois, Bill Raben, em Sapezal, durante o 8º Circuito Aprosoja. Para Raben, as legislações trabalhista e ambiental são preocupantes para os produtores norte-americanos. Em sua maioria, as propriedades rurais dos Estados Unidos são familiares. Bill Raben, por exemplo, produz milho e soja em uma fazenda de 2.500 hectares junto com irmão e suas famílias e eles têm somente um funcionário. Debate sobre produção e demanda internacional movimentou Parecis SuperAgro Jaciara é o primeiro município do interior a receber o 8 Circuito Aprosoja De acordo com informações da assessoria da Aprosoja, Raben disse que o governo não quer que os filhos e netos de produtores ajudem mais na lida da fazenda. "Pais, filhos, noras e genros trabalham na propriedade, mas a legislação quer barrar isto; e a agência de regulamentação ambiental, similar ao Ibama, também está estudando meios de diminuir a poeira que sai das colheitadeiras, e isso nos preocupa“. Por mais que tais entraves preocupem os produtores, a produção de milho nos Estados Unidos está crescendo ano a ano. Nos últimos dez anos, foram 7,1 milhões de hectares a mais, produzindo na safra do ano passado 274 milhões de toneladas. Já a soja cresce em ritmo bem mais lento, com um aumento de área de 1,1 milhão de hectare entre os anos 2000 e 2012. “A produção de milho cresceu exponencialmente porque aumentou bastante a demanda por etanol no país”, explicou o vice-presidente da Associação de Soja de Illinois, Bill Raben, em Sapezal. Nos Estados Unidos, 35% da área é destinada para a produção de milho, 29% para a soja e 21% para o trigo. Sobre a pesquisa, Raben diz que esta sempre foi um ponto forte para os produtores dos Estados Unidos se destacarem mundialmente. Os produtores norte-americanos são os pioneiros em utilização de biotecnologia de ponta. “Temos um grande número de empresas privadas de sementes e de biotecnologia que garantem preço. Além disso, existe a proteção nacional da propriedade intelectual, o que nos leva a ter acesso primeiro às novas tecnologias”, explicou. Vantagens de mercado Raben apresentou como vantagens do mercado norte-americano a boa infraestrutura de transportes, como rodovias, ferrovias e balsas, ressaltando que os produtores cobram do governo a revitalização deste sistema de balsas, que já é quase centenário. Há ainda uma forte indústria de processamento de soja, além do setor doméstico de gado e aves, consumidores de rações. “As associações de produtores veem que o nosso grande consumidor é o setor de rações. Por isso, trabalhamos em conjunto para resolver também os problemas deste setor”, contou o produtor rural. As terras agricultáveis no país também estão cada vez mais escassas. “Não temos mais área para expansão. Por isso, as terras são cada vez mais caras, chegando a US$ 30 mil por hectare para compra e US$ 1.250 por hectare para arrendamento”, disse o vice-presidente da ISA. O pagamento de altos valores em royalties também é considerado uma desvantagem por ele.

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