Atrasos do Brasil atingem importações de soja da China

Publicado Domingo, 7 de Abril de Importações chinesas deverão ficar em menos de 4,5 milhões de toneladas em abril, em parte pelo congestionamento dos portos no Brasil que tem atrasado os embarques As importações de soja da China em abril deverão ficar em menos de 4,5 milhões de toneladas, afirmou Guo Feng, vice-gerente-geral da unidade de comércio da Chinatex Grain & Oils. A estimativa de Guo é menor do que as expectativas do mercado de cerca de 5 milhões de toneladas, devido ao congestionamento dos portos no Brasil que tem atrasado os embarques, disse o executivo na sexta-feira (22). Guo afirmou em uma conferência do setor que os atrasos podem levar alguns importadores a buscarem soja de safras anteriores dos EUA para atender à demanda, apesar dos preços mais altos. Segundo Guo, a China precisa de cerca de 4,8 milhões de toneladas para trituração a cada mês e os preços à vista devem aumentar. As importações de março deverão ficar em menos de 4 milhões de toneladas, disse ele. A China National Grain & Oils Information Center, que tem apoio estatal, havia estimado que importações de soja em março ficarão em 3,77 milhões de toneladas. As informações são da Dow Jones. Problema conjuntural O ex-embaixador do Brasil na China Clodoaldo Hugueney disse nesta sexta-feira (22) que acredita que o cancelamento da compra de soja brasileira por empresas chinesas é um problema "meramente conjuntural". "Houve congestionamento nos portos e atraso no embarque da soja para a China, mas acredito que seja algo meramente conjuntural, uma vez que o Brasil seguirá sendo um enorme exportador do complexo de soja para a China, não apenas grãos, mas farelo e óleo", afirmou. Nesta semana, a empresa chinesa Sunrise cancelou a compra de 2 milhões de toneladas de soja do Brasil por atraso nos embarques. Questionado sobre se os gargalos de infraestrutura no Brasil podem causar mais contratempos, Hugueney disse que o governo está trabalhando para resolver esses problemas. "Estamos fazendo enormes investimentos em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos." As declarações do ex-embaixador foram dadas antes da palestra dele em evento promovido pelo Conselho Empresarial Brasil-China, em parceria com a BRF, em São Paulo. Publicado Domingo, 7 de Abril de 2013, às 11:48 | Agência Estado