segunda-feira, 15 de abril de 2013

Aumento no preço do óleo diesel impacta custos do frete para escoar safra agrícola

Aumento no preço do óleo diesel impacta custos do frete para escoar safra agrícola 15/04/2013 | 17h39 De janeiro a março, diesel já sofreu aumentDe janeiro a março, a Petrobras elevou o preço do óleo diesel duas vezes. O valor reajustado nas refinarias foi de 10,4% (5,4% em janeiro e 5% em março). A alta nos preços influencia diretamente no valor do frete. Como 60% das cargas transportadas no Brasil são feitas por caminhões, o aumento do combustível provoca um impacto de 40% no custo do transporte, justo em pleno período de safra agrícola. A situação das estradas e as grandes distâncias das regiões produtoras para os portos encarecem ainda mais essa conta. – O diesel representa de 35% a 40% do custo de transporte. Quando se fala em safra, pode ser até um pouco superior a 40%, em função das condições operacionais das empresas. Há aquelas que atuam em locais de infraestrutura muito precária, o que acaba impondo um consumo e um custo maior – explica o presidente da Seção de Cargas da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Flávio Benatti. – Esse aumento de 5,4% vai elevar o preço em mais de 2% do preço do frete. Nas regiões mais próximas dos portos, o peso do diesel no custo do transporte gira em torno de 20%. O impacto é bem menor – pontua o ex-presidente do Conselho Federal de Economiam José Luiz Pagnussat. Os reajustes ocorrem em pleno período de colheita da safra. O mercado estima que novos aumentos deverão ocorrer, já que no caso do diesel, a Petrobras procura alinhar o preço ao mercado internacional, diferente da gasolina, que tem os reajustes mais controlados. – O governo fica controlando a inflação pela administração do preço da gasolina, o que é um equívoco, do ponto de vista econômico. Deveria haver uma preocupação maior em reduzir custo de produção, manter no caso o diesel a um preço bem menor do que a gasolina, de forma a tornar o setor produtivo competitivo – destaca Pagnussat. A Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) reclama da situação das estradas, que faz com que o consumo de combustível aumente ainda mais. – Dos 900 quilômetros de estrada que foram recuperadas neste ano, 600 já estão com problema. Eu presenciei isso na minha região. Simplesmente fizeram a recuperação de uma estrada e depois de um mês ela já estava toda esburacada. Que tipo de serviço é esse? – questiona o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira. o de 10,4% nas refinarias. Especialistas indicam que o valor deve aumentar novamente

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