terça-feira, 2 de abril de 2013

Benoît Coeuré Membro do BCE alerta para perigos de desvalorizações monetárias

Benoît Coeuré Membro do BCE alerta para perigos de desvalorizações monetárias 19:37 - 02 de Abril de 2013 | Por Lusa Um membro do Banco Central Europeu (BCE), Benoît Coeuré, alertou esta terça-feira para o perigo de os países seguirem políticas cambiais de desvalorização da moeda para impulsionarem as suas economias, desconsiderando os efeitos que tal poderá ter na economia globalSeria uma razão de preocupação se os países seguissem directamente uma política de desvalorização [cambial] competitiva, recorrendo sobretudo a grandes compras de activos estrangeiros", afirmou o responsável, que falava na conferência "Guerras cambiais: realidades económicas, respostas institucionais e a agenda do G20", que decorre hoje no Peterson Institute, em Washington. Coeuré destacou ainda que a literatura económica evidencia "os perigos" de os países adoptarem individualmente políticas deste tipo e disse acreditar que "os governadores dos bancos centrais compreendem bem esta mensagem". Sublinhando que a taxa de câmbio não faz parte dos objectivos do BCE, Coeuré reconheceu que o indicador é importante para a estabilidade de preços e para o crescimento, pelo que a sua evolução faz parte da avaliação das políticas mais apropriadas a seguir. O responsável referiu que os mercados financeiros nas economias desenvolvidas "ainda estão frágeis" e que a economia real está "a dar apenas sinais tímidos de melhoria". PUB "Há algumas preocupações de que as políticas não tradicionais podem não ser suficientes para impulsionar a procura doméstica por causa da desalavancagem dos agentes internos, incluindo os bancos", afirmou. Por isso, advertiu Benoît Coeuré, "a tentação de desviar a procura global e os capitais estrangeiros para a economia interna, à custa de outros países, pode ser perigosamente sedutora". Para o responsável do BCE, "é em tempos como estes que a comunidade internacional deve mostrar a sua capacidade de alcançar acordos mutuamente benéficos", reconhecendo cada país a "legítima ambição" de resolver os seus problemas internos. Benoît Coeuré salientou que o mais importante é "identificar e quantificar as implicações em termos de bem-estar dos efeitos de contágio entre economias e políticas" e garantiu que a cooperação entre o BCE e os outros bancos centrais "é e vai continuar a ser extensivo e efectivo

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