CNA quer maior financiamento federal ao plano agrícola 2013/14

08/04/2013 - 07:30De Brasília - Vinícius Tavares Foto: Reprodução CNA projeta aumento dos custos de produção Estimativas da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) para a safra de grãos 2013/2014 apontam que os recursos para custeio necessários para attender os produtores agrícolas no próximos ano chegarão a R$ 191,7 bilhões, sendo que, destes, R$ 132 bilhões devem sair dos bancos federais, cifra superior aos R$ 115 bilhões da safra atual. A proposta foi apresentada durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara Federal, em Brasília. O objetivo da exposição realizada na íltima semana foi mostrar quais serão os rumos da produção agrícola para a próxima safra e apontar quais serão as melhores soluções que o governo deve apresentar quando anunciar o plano agrícola 2013/2014 em junho deste ano. FPA vai debater nesta terça-feira critérios do Plano Agrícola 2013/14 De acordo com a superintendente técnica da entidade, Rosemeire Cristina dos Santos, a CNA defende aumento do limite de crédito dos atuais R$ 800 mil para R$ 1 milhão e redução de taxas de juros para operações de custeio e comercualização para 4,25% ao ano. “Acreditamos que não haverá problema na oferta e na aplicação dos recursos”, afirmou. Presidente da CNA leva propostas ao Plano Agrícola e Pecuário 13/14 A entidade projeto aumento nos custos de produção com elevação nos preços de insumos como fertilizantes, agroquímicos e diesel, além de gastos extras com pulverizações. Por conta disso, pede ainda desonerações de PIS/Cofins incidents sobre ração animal e adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRRM). Milho e soja em alta Dados da Confederação apontam para um aumento de 34,8% na produção de milho e 12,8% na de soja. A produção de milho deve saltar dos 274.812 toneladas para 369.062 toneladas. A soja, com variação menor, aumentará de 82.055 para 92.669 toneladas. Já o milho terá retração de 57.633 para 53.340 toneladas. A CNA estima perdas de safra consideráveis na região Sul e oeste da Bahia e no Centro-Oeste. Mas conclui que, em geral, o cenário de faturamento será estável para a maioria das culturas, com exceção do algodão e pecuária. Participaram da audiência pública o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller; o secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Valter Bianchini; o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, João Pinto Rabelo Júnior, o secretário de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Antoninho Rovaris; o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho; o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Glauber Silveira, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, e o representante da organização das cooperativas Brasileiras (OCB), Paulo César Júnior.