sexta-feira, 12 de abril de 2013

Com fraqueza da indústria e varejo, IBC-Br cai 0,52% em fevereiro

Com fraqueza da indústria e varejo, IBC-Br cai 0,52% em fevereiro sexta-feira, 12 de abril de 2013 11:22Por Camila Moreira SÃO PAULO, 12 Abr (Reuters) - O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de fevereiro reforçou o cenário de fragilidade da recuperação econômica brasileira ao recuar 0,52 por cento ante janeiro, de acordo com dados dessazonalizados, pressionado pelo fraco desempenho do setor industrial e do varejo no período. Considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), o indicador divulgado nesta sexta-feira mostrou que a atividade reverteu parte da alta de 1,43 por cento de janeiro sobre dezembro, dado revisado do avanço de 1,29 por cento divulgado anteriormente. Mas o resultado foi melhor do que as expectativas. A mediana das previsões de analistas ouvidos pela Reuters era de um recuo de 0,80 por cento na atividade, com as projeções de queda variando de 0,50 a 1,10 por cento. A leitura alimenta ainda mais as preocupações com a dinâmica da atividade econômica brasileira. Depois de sinais de recuperação em janeiro, os dados seguintes passaram a decepcionar, complicando ainda mais a posição do Banco Central para definir os rumos da política monetária. "O número gera desconfiança em relação ao ritmo de retomada da atividade econômica. Ela tende a ser mais forte, mas a dúvida é quanto. Não há uma trajetória consistente e perene de expansão", avaliou o economista do Espírito Santo Investment Bank Jankiel Santos. Na comparação com fevereiro de 2012, o IBC-Br avançou 1,88 por cento e acumula em 12 meses alta de 0,83 por cento, de acordo com dados dessazonalizados. Um dos pilares da economia, as vendas do setor varejista surpreenderam em fevereiro com queda de 0,4 por cento ante janeiro e o primeiro recuo anual desde novembro de 2003, de 0,2 por cento. O resultado foi influenciado pela inflação, que acumulou em 12 meses até março alta de 6,59 por cento pelo IPCA, estourando o teto da meta do governo.

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