terça-feira, 2 de abril de 2013

Coreia do Norte anuncia reativação de reator nuclear

Coreia do Norte anuncia reativação de reator nuclear terça-feira, 2 de abril de 2013 09:07 BRTPor Jack Kim e Ju-min Park SEUL, 2 Abr (Reuters) - A Coreia do Norte anunciou na terça-feira a intenção de reativar um reator nuclear paralisado desde 2007, mas enfatizou estar buscando uma capacidade dissuasória, e não uma repetição das recentes ameaças de atacar a Coreia do Sul e os Estados Unidos. A agência estatal de notícias KCNA disse que a Coreia do Norte vai reativar todas as instalações militares, tanto para geração elétrica quanto para uso militar. O anúncio ocorre em meio a crescentes tensões na península da Coreia, onde os EUA reforçaram sua presença depois de uma série de ameaças norte-coreanas. A Coreia do Norte, um dos Estados mais isolados e imprevisíveis do mundo, conduziu em fevereiro seu terceiro teste nuclear, mas se acredita que ela ainda esteja a anos de conseguir desenvolver armas atômicas, embora afirme possuir uma forma de dissuasão nuclear. Em discurso proferido no domingo -e que teve a íntegra publicada na terça-feira pela KCNA-, o jovem líder norte-coreano, Kim Jong-un, pareceu atenuar a perspectiva de um confronto nuclear direto com os Estados Unidos, ao salientar que as armas nucleares devem assegurar a segurança do seu país como dissuasão. "Nossa força nuclear é uma dissuasão bélica confiável, e uma garantia de proteger nossa soberania", disse Kim. "Está na base de um forte poderio nuclear que a paz e a prosperidade possam existir, e também a felicidade da vida das pessoas." O discurso de Kim, proferido perante o Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia (partido comunista), pareceu sinalizar uma pequena mudança em relação às ameaças contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos, mas não significou de forma alguma o fim da crise. Para Yang Moo-jin, da Universidade de Estudos Norte-Coreanos, em Seul, o fato de o discurso ter ocorrido na reunião do Comitê Central indica uma tentativa de dar mais foco aos problemas econômicos do que à segurança

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