quarta-feira, 24 de abril de 2013

Déficit de armazém e monopólio trava preço do milho em MT

Déficit de armazém e monopólio trava preço do milho em MT 24/04/2013 13:42 Mato Grosso deve colher 14,64 milhões de toneladas de milho na safra 2012/13, segundo estimativa do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), um aumento de 10% em relação ao último levantamento. Em Alto Garças também houve aumento na área de milho, de 10,8 mil hectares para 13,1 mil hectares. E justamente esse crescimento, somado ao déficit em armazenagem, queda nos preços do milho devido à super safra e a falta de concorrência de compradores, estão preocupando os produtores da região. “Não se tem armazém no município e isso obrigada o produtor a fazer contratos futuros com a única trading instalada aqui para garantir que não se perca o milho na lavoura e muitas vezes a preços não tão competitivos”, disse o delegado coordenador do município, Julhano Motta, durante o 8º Circuito Aprosoja, ontem. Ele explicou também que mesmo o terminal da América Latina Logística (ALL) estando a 30 quilômetros do município, os produtores da região não são beneficiados. “A ausência dos armazéns, que poderiam ajudar a guardar o milho e vender em um melhor momento, impede um melhor preço”, explicou o delegado. O outro reflexo é a baixa comercialização antecipada do milho, que deixa os produtores da região sem muitas opções. A comercialização está baixa na média estadual, até o momento foram comercializados 22,3% da safra, ante 44% da safra no comparativo do mesmo período do ano passado, uma queda de 24 pontos percentuais. Segundo presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, uma opção no momento seria os contratos de opção do governo. Em breve deverá ser realizado um leilão para dois milhões de toneladas, uma demanda que a Aprosoja, Famato e Sindicatos Rurais encaminharam ao governo federal há uma semana. Outra estratégia seria a utilização dos silos-bags, uma forma de armazenar milho muito utilizada na Argentina. Neles se pode guardar a safra de três meses a um ano, dependendo da umidade. “Isso ajudaria o produtor a conseguir um melhor preço neste período”, disse o presidente da Aprosoja. O produtor Arnildo Kampe, que já planta há mais de 30 anos na região, disse que em agosto deve começar a construção de mais um armazém em sua propriedade. Ele já tem dois pequenos que não suprem mais a demanda. “A intenção é ter condições de armazenamento para poder vender o grão com bons preços e que sejam rentáveis”, finalizou ele. Fonte: Assessoria (foto: Só Notícias/arquivo)

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