segunda-feira, 22 de abril de 2013

Economistas veem ciclo menor de aperto monetário e Selic a 8,25% em dezembro

Economistas veem ciclo menor de aperto monetário e Selic a 8,25% em dezembro segunda-feira, 22 de abril d Por Camila Moreira SÃO PAULO, 22 Abr (Reuters) - Economistas de instituições financeiras passaram a ver um ciclo menor de aperto monetário neste ano como reflexo da atuação dividida e aquém do esperado do Banco Central, assim como do destaque dado pelo próprio BC à cautela ao falar na semana passada da condução da política monetária. Na pesquisa Focus do BC, divulgada nesta segunda-feira, os analistas reduziram a expectativa para a taxa básica de juros no final deste ano a 8,25 por cento, contra 8,50 por cento na semana anterior. Com a inflação sob os holofotes, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic na semana passada em 0,25 ponto percentual, a 7,50 por cento, abaixo do que precificava o mercado financeiro. Foi uma decisão dividida, com dois diretores defendendo a manutenção da taxa em 7,25 por cento. Apesar do nível elevado da inflação e a dispersão do aumento dos preços, o Copom ressaltou que incertezas internas e externas "recomendam que a política monetária seja administrada com cautela". O Focus mostra que a expectativa é de continuidade do ciclo de ajuste, porém de maneira comedida, com mais três altas de 0,25 ponto percentual, em maio, julho e agosto. Novo aumento só está projetado para janeiro de 2014, com a Selic indo então a 8,50 por cento. "(Os analistas) estão meio que abandonando a percepção do que acham que deveria ser feito para o que acham que o BC vai fazer. As expectativas estão agora mais baseadas na leitura das palavras, no que foi dado a entender", avaliou a economista da Rosenberg & Associados Priscila Godoy. Entre o Top 5, instituições que mais acertam as projeções no Focus, as que têm maior acerto no médio prazo mantiveram a projeção para a Selic em 8,50 por cento no final de 2013 na mediana das projeções. Mas as que têm maior acerto no curto prazo, reduziram a previsão para o final do ano para 8,25 por cento, ante 8,50 por cento. As atenções agora se voltam para a divulgação, na quinta-feira, da ata da reunião do Copom, com os analistas em busca de mais detalhes que possam dar indícios sobre as atuações futuras.

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