terça-feira, 9 de abril de 2013

Empresa anuncia descoberta de novas jazidas de potássio no Amazonas

Escrito por Luciana Franco / Globo Rural Ter, 09 de Abril de 2013 08:37 As reservas, superiores a 500 milhões de toneladas, são de fácil exploração e colocam o Brasil entre os três maiores produtores do mundoA Potássio do Brasil acaba de anunciar a descoberta de jazidas de potássio em Autazes, região metropolitana de Manaus (AM), com reservas superiores a 500 milhões de toneladas. A nova descoberta, somada às jazidas já existentes no Brasil, que são de propriedade da Petrobras, colocam o país, com 1,5 bilhão de toneladas, na terceira posição do ranking dos maiores produtores do mundo de potássio, atrás somente do Canadá e da Rússia. Tal volume de reservas pode, em dez anos, tornar o país autossuficiente na produção da matéria-prima amplamente usada na produção de fertilizantes agrícolas. A Potássio do Brasil contratou a empresa alemã Ercosplan – respeitada especialista em potássio nas áreas de pesquisa, engenharia, processamento e mineração para realização de auditoria independente na validação das reservas. A confirmação das reservas geológicas é o primeiro passo para o avanço dos estudos detalhados de engenharia e licenciamento do projeto antes da implantação da operação comercial. >>> A baixa profundidade das reservas recém-descobertas, que varia de 650 a 860 metros, o que facilita a exploração e resulta em custos de implantação e produção mais baixos é um destaque da nova descoberta. De acordo com Hélio Diniz, diretor-presidente da Potássio do Brasil, a extração de potássio em Autazes será por meio de lavra subterrânea mecanizada, similar às melhores práticas adotadas nas minas do Canadá e da Rússia, os dois maiores exportadores mundiais. “Será uma extração altamente mecanizada”, diz. Os custos iniciais operacionais estão projetados em cerca de US$ 85 por tonelada de minério lavrado e processado. Além disso, os custos de desenvolvimento e implantação devem somar US$ 2 bilhões para uma produção anual aproximada de 2 milhões de toneladas de cloreto de potássio a partir de 2018. No ano passado o Brasil consumiu 4,3 milhões de toneladas de cloreto de potássio, sendo que 90% deste volume foi importado. A localização geográfica é apontada por Diniz, como um ponto importante para facilitar o escoamento da produção, já que o projeto está localizado na margem esquerda do rio Madeira e está a menos de 100 quilômetros de Manaus, com excelente acesso via fluvial e rodovia asfaltada. “Projetamos um frete de US$ 40 por tonelada para transportar o produto de Manaus até Mato Grosso”, diz. O valor é cerca de quatro vezes menor que o pago atualmente para trazer o produto de fora, cujo frete está estimado em US$ 180 por tonelada. Diniz afirma que o tamanho das reservas superou todas as expectativas da companhia. “A possibilidade de encontrarmos outras jazidas nesta região é excepcional e, portanto, as chances de que a Bacia Amazônica possa conter reservas de potássio tão grandes quanto às do Canadá e da Rússia são bem maiores do que nós mesmos prevíamos e pode significar a independência de fatores externos para garantir o suprimento de um insumo essencial para a economia do País”, diz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário