quarta-feira, 24 de abril de 2013

Enrico Letta, da centro-esquerda, é nomeado premiê da Itália

Enrico Letta, da centro-esquerda, é nomeado premiê da Itália quarta-feira, 24 de abril de 2013 09:32 BRT Por Barry Moody e James Mackenzie ROMA, 24 Abr (Reuters) - O presidente italiano, Giorgio Napolitano, convidou na quarta-feira o líder parlamentar centro-esquerdista Enrico Letta para formar um novo governo, sinalizando o fim de dois meses de impasse político na terceira maior economia da zona do euro. Sob orientação de Napolitano, o novo premiê -um ex-democrata cristão, considerado parte da ala direitista do Partido Democrático- deve compor um ministério misturando políticos e tecnocratas. Seu gabinete deve ser submetido a um voto de confiança até o fim de semana. O fim da crise começou a se delinear no último fim de semana, quando Napolitano, de 87 anos, foi reeleito pelo Parlamento, num fato inédito na República Italiana. O impasse perdurava desde a eleição parlamentar de fevereiro, quando o PD fez a maior bancada na Câmara, mas não conseguiu maioria no Senado. Desde então, o partido centro-esquerdista era incapaz de costurar uma aliança com rivais. Ao aceitar a indicação, Letta se disse surpreso, e salientou que o país enfrenta uma situação "difícil e frágil". Segundo ele, o país precisa dar respostas ao desemprego, à pobreza e às dificuldades enfrentadas pelas pequenas empresas. Criticou ainda as autoridades europeias por darem excessiva importância à austeridade fiscal, e não ao crescimento. Havia uma ampla expectativa de que Napolitano indicaria o ex-premiê Giuliano Amato, mas aparentemente ele preferiu uma figura com maior trânsito político, no que reflete uma mudança de geração na política italiana. O novo governo será apoiado basicamente pelo bloco de centro-esquerda e pela bancada centro-direitista de Silvio Berlusconi. Letta tem 46 anos e exerce mandato parlamentar atualmente, ao contrário de Amato, de 74 anos. Fluente em inglês, ele será o segundo premiê mais jovem da história italiana. O fato de ser solidamente favorável à associação com a União Europeia deve ser bem recebido pelos mercados e por governos estrangeiros.

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