sexta-feira, 19 de abril de 2013

Imigração ilegal prejudica economia nacional

Publicado em: Sex, Abr 19th, 2013 Em Foco / Huíla / Notícias / Política A imigração ilegal em Angola prejudica a economia nacional e facilita a exploração desenfreada de recursos naturais, de madeira, de diamantes, bem como a caça furtiva, contribuindo para devastação da flora, considera o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) da Huíla. De acordo com uma comunicação do SME, alusiva aos 37 anos de existência do organismo afecto ao Ministério do Interior, são visíveis as implicações deste fenómeno nas esferas económica e social de Angola, constituindo uma ameaça à segurança nacional. O crescimento demográfico irregular e sem controlo do Estado, carregando fenómenos como a prostituição, elevação do índice de vida da população e de zungueiros, delinquência, tráfico e consumo de estupefacientes, comercialização de produtos falsos nas ruas e proliferação de patologias são consequências sociais da imigração. A imigração ilegal influencia ainda o surgimento de seitas religiosas passíveis de desviar os valores, hábitos, usos e costumes próprios da população angolana, assim como facilita o crescimento do índice de roubos e furtos. A favorecer este processo estão aspectos como o surgimento da globalização e o avanço das tecnologias de informação, redistribuição especial de actividades económicas e trans-nacionalização de empresas. Em maioria os imigrantes ilegais entram para o território nacional pelas fronteiras terrestres e fluviais, mas na generalidade tem lugar de forma organizada a partir do exterior do país e nalguns casos com o auxílio de cidadãos angolanos que à luz da Lei 02/07 de 30 de Agosto incorrem em crime. No entanto existem também casos de imigração irregular de cidadãos que adquirem uma permanência legal (visto ordinário ou de turismo), habilitando -os a entrar para o território por um período determinado, mas que não abandona o país quando este tempo expira. Deste modo procuram legalizar-se por meio de subornos ou forjando documentos, obter vistos de trabalho e simulando casamentos para de alguma forma solucionarem o seu problema junto das autoridades angolanas. Outros ainda procuram aliar-se a pequenos empresários locais a quem oferecem parceria e por via disto tendem a obter o visto de trabalho, como são os casos de cidadãos portugueses, brasileiros, vietnamitas e chineses, enquanto outros passam por oriundos da RD Congo fingindo-se na condição de regressados. Todos estes aspectos têm como chamariz a estabilidade política vigente em Angola, a falta de urbanização dos bairros periféricos, pois facilitam a inserção de imigrantes ilegais em actividades de comércio ambulante, e a fragilidade do sistema de protecção das fronteiras angolanas. (portalangop.co.ao)

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