segunda-feira, 22 de abril de 2013

Indústria chinesa de aves registra perdas de mais de US$ 2 bilhões

Indústria chinesa de aves registra perdas de mais de US$ 2 bilhõesPREJUÍZO 22/04/2013 | 15h44 Surto de gripe aviária pode influe O impacto econômico da gripe aviária na China está começando a aparecer, com a indústria de aves acumulando perdas de mais de US$ 2 bilhões em menos de um mês, o que alimenta a expectativa de redução das importações de milho e soja. A China é um dos maiores produtores mundiais de carne de aves e está entre os principais importadores de soja e milho. Com isso, o surto pode influenciar os preços dos grãos na Bolsa de Chicago (CBOT). Em 15 de abril, o setor de aves da China registrava perdas de mais de 16,7 bilhões de yuans (US$ 2,6 bilhões) desde que surgiram relatos da nova cepa do vírus H7N9 no final de março, de acordo com a Associação de Criadores de Animais da China. Essas perdas incluem abate de aves devido à falta de compradores e com a finalidade de controlar a propagação do vírus e vendas por preço abaixo do custo devido à demanda reduzida. Em 16 de abril, a agência de classificação de risco Fitch afirmou que empresas estrangeiras envolvidas no processamento de proteínas ou cadeias de restaurantes em operação são os empreendimentos mais expostos a riscos, citando YUM! Brands, McDonald's, Tyson Foods e JBS. – Acreditamos que o aumento dos receios dos consumidores a respeito da gripe aviária na China (ou em outro lugar em que surgirem casos) pode causar uma retração significativa do consumo de frango, com menos visitas a restaurantes, queda de vendas de frango no varejo e atividade de exportação reduzida – assinalou a agência. A China produz cerca de 17 milhões de toneladas de carne de aves por ano. Uma redução de 5% da produção pode cortar a demanda por ração de milho em 2,25 milhões de toneladas, afirmou o diretor do Conselho de Grãos dos EUA, Bryan Lohmar, em relatório. Liu Yonghao, presidente da processadora chinesa de grãos para ração New Hope Group, que também tem uma divisão de aves, disse que as vendas de frango no leste da China caíram 50% devido à gripe aviária, segundo notícias veiculadas na mídia local. Alguns analistas temem que, mesmo que a doença seja controlada em breve, o impacto será de longa duração. – Aves abatidas podem ser substituídas em dois meses, mas a percepção de ameaça à saúde se mantém. A demanda por carne será prejudicada pelo fator medo entre os consumidores chineses – disse o economista agrícola sênior da Kansas State University Jay O'Neil. Até domingo, dia 21, a China relatou 103 casos de infecção humana pelo vírus H7N9, com 20 mortes, a maioria delas em Xangai e nas províncias vizinhas de Jiangsu e Zhejiang. As vendas de algumas empresas de aves nas áreas afetadas caíram mais de 80% em comparação com os níveis normais, disse o vice secretário-geral da Associação Nacional da Indústria de Aves, Qiu Baoqin. Os preços de frangos em todo o país caíram em cada uma das três semanas após 25 de março, acumulando redução média de 4%, conforme o Ministério da Agricultura. Em algumas áreas atingidas pela gripe aviária, porém, os preços recuaram mais de 50%. As ações da produtora de aves Shandong Minhe caíram mais de 10% desde que surgiu a notícia do surto da doença no fim de março, enquanto os papéis da produtora de ração New Hope Liuhe recuaram cerca de 12%. Analistas esperam que as importações de soja e milho diminuam. – A gripe aviária vai se refletir na demanda durante o segundo semestre do ano, porque a China cobriu a maioria das suas necessidades de importação de soja até junho – afirmou o diretor da Cosur, corretora sul-americana de grãos, Freddy Pranteda. O Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Óleos (CNGOIC) prevê que as importações chinesas de soja no ano safra que termina em 30 de setembro podem cair pela primeira vez em nove anos. Agência Estado

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