terça-feira, 2 de abril de 2013

INE Exportações agrícolas aumentaram mais do que importações

INE Exportações agrícolas aumentaram mais do que importações As exportações de produtos agrícolas aumentaram mais do que as importações entre 2006 e 2011, destacando-se o vinho, com metade do valor total, e o acréscimo do azeite e dos fruto No entanto, o saldo da balança comercial agravou-se neste período, apresentando um défice de 1,3 mil milhões de euros. O vinho representou 50,1% do valor total das exportações (658 milhões de euros em 2011), seguindo-se o azeite, com 7,5%, cujo acréscimo de valor (mais 102 milhões de euros) ultrapassou o do vinho. Salienta-se igualmente o bom desempenho dos frutos frescos e hortícolas, cujas exportações representam já um sexto da produção total. As exportações agrícolas para o mercado comunitário aumentaram 6,3% e para o mercado extracomunitário 11,4%, destacando-se as exportações para os PALOP que quase duplicaram de valor entre 2006 e 2011. No caso do Brasil, as exportações, constituídas sobretudo por azeite, peras e vinho triplicaram de valor, enquanto para o mercado angolano vende-se essencialmente vinho, que representou, em 2011, 81,5% do valor total das exportações agrícolas para aquele país. Espanha e França foram os principais fornecedores de produtos agrícolas neste período, destacando-se ainda as importações dos EUA e do Canadá, sobretudo sementes de oleaginosas (colza e soja) e cereais (milho e trigo) que, desde 2006, quadruplicaram e sextuplicaram o seu valor. A indústria alimentar que gerou um valor médio de produção de 10,8 mil milhões de euros entre 2006 e 2010 representou, em média, 7,9% do valor das importações nacionais e 5,2% das exportações, apresentando um saldo deficitário de 2,8 mil milhões de euros no período 2006-2011. A disponibilidade interna de conservas de peixe e de frutas e hortícolas transformados é suficiente para garantir a segurança alimentar, mas nos produtos de pesca processados (preparados, congelados, secos e salgados) é inferior a 50%. Espanha é o principal fornecedor de produtos alimentares, e, simultaneamente, o principal cliente das exportações de alimentos portugueses (43% em média entre 2006 e 2011), mas as exportações para Angola, das quais cerca de metade são relativas a óleos e gorduras e produtos à base de carne, foram as que mais cresceram. Em 2011, as exportações alimentares para Espanha atingiram os 1.057 milhões de euros, com Angola a chegar aos 335 milhões. Os produtos de pesca, que representam cerca de 8% da produção da indústria alimentar geraram, entre 2006 e 2010, um valor anual médio de produção de cerca de 560 milhões de euros, com o grau de auto-suficiência a rondar os 82% na generalidade dos grupos (peixes frescos, crustáceos e outros), mas a ultrapassar os 100% nos moluscos. Portugal continua a apresentar um saldo deficitário da balança comercial, mas as exportações de peixe fresco e refrigerado evoluíram favoravelmente entre 2006 e 2011, crescendo a um ritmo médio anual de 11,3% que representa um acréscimo de valor de 56,3 milhões de euros. No entanto, as importações aumentaram também, com um crescimento médio anual de 3,7%. PUB O principal cliente das pescas nacionais é Espanha, absorvendo mais de 80% do total, seguindo-se Itália, EUA, França e Japão, que procura essencialmente atuns. No campo das bebidas (excepto vinho), o grau de auto-suficiência aumentou atingindo 96% em 2010, destacando-se o crescimento da exportação de cerveja (mais 90 milhões de euros entre 2006 e 2011, correspondentes a mais 72,7%), mas também de bebidas não alcoólicas (incluindo refrigerantes) que tiveram um aumento de 43 milhões de euros (mais 84,6%). Espanha voltou a ser o principal fornecedor de bebidas a Portugal, mas Angola foi o principal mercado de destino, chegando quase aos 50% do total em 2011. .

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