quarta-feira, 10 de abril de 2013
IPCA desacelera alta a 0,47% em março, mas em 12 meses estoura teto da meta
IPCA desacelera alta a 0,47% em março, mas em 12 meses estoura teto da meta
quarta-feira, 10 de abril de 2013 09:52 B
RIO DE JANEIRO, 10 Abr (Reuters) - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou a alta mensal em março para 0,47 por cento, beneficiado por uma forte desaceleração do grupo Educação, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
Trata-se da menor variação desde agosto passado, quando o indicador oficial de inflação havia subido 0,41 por cento na comparação mensal. Em fevereiro, a alta foi de 0,60 por cento.
No acumulado de 12 meses até março, o IPCA avançou 6,59 por cento no mês passado, estourando o teto da meta do governo, depois de somar 6,31 por cento em fevereiro. Os resultados vieram um pouco abaixo do esperado pelo mercado, o que derrubava os contratos futuros de juros nesta manhã.
Analistas ouvidos pela Reuters esperavam alta de 0,50 por cento no mês passado, segundo a mediana de 23 projeções, com as projeções variando entre 0,45 a 0,54 por cento. Para o acumulado em 12 meses, a expectativa era de 6,62 por cento segundo a mediana de 21 estimativas, com as estimativas variando de 6,57 a 6,70 por cento.
O estouro da meta do governo --fixada em 4,5 por cento, com 2 pontos percentuais de tolerância-- veio antes do esperado pelo próprio Banco Central que, em seu mais recente Relatório Trimestral de Inflação, estimou que os preços medidos pelo IPCA em 12 meses chegariam a 6,7 por cento apenas no segundo trimestre.
Segundo o IBGE, o principal responsável pela desaceleração do IPCA em março foi o grupo Educação, que registrou alta de 0,56 por cento, após subir 5,40 por cento no mês anterior.
Dos nove grupos que compõem o IPCA, sete mostraram desaceleração da inflação em março, como o de Alimentação e Bebidas, que registrou alta de 1,14 por cento, ante 1,45 por cento em fevereiro.
Os grupos que mostraram aceleração nos preços no período foram Habitação (0,51 por cento, ante -2,38 por cento) e Comunicação (0,13 ante 0,10 por cento)
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