segunda-feira, 1 de abril de 2013
Irritação chinesa com Coreia do Norte supera temores com caças dos EUA
Irritação chinesa com Coreia do Norte supera temores com caças dos EUA
segunda-feira, 1 de abril de 2013 20:21 BRTPor Ben Blanchard
PEQUIM, 1 Abr (Reuters) - A demonstração de poderio aéreo dos EUA na Coreia do Sul causa apenas leve preocupação na China, num sinal de que Pequim culpa a aliada Coreia do Norte pela atual tensão na região, e considera que um conflito armado não é iminente.
A presença militar dos EUA em lugares como a Coreia do Sul e o Japão tradicionalmente preocupa o governo chinês, temeroso de ficar cercado e "contido" por Washington e seus aliados, especialmente depois do "giro estratégico" dos EUA na direção da Ásia.
O uso de aviões B-2 e F-22 indetectáveis por radares em exercícios conjuntos com a Coreia do Sul deixou os EUA praticamente às portas da China em termos militares, mas não gerou nenhuma reação forte de Pequim, além de um genérico pedido de calma e moderação.
Da mesma forma, a China já havia reagido com tranquilidade no mês passado ao anúncio de que os EUA iriam reforçar sua defesa antimísseis por causa das ameaças norte-coreanas.
"Todas essas novas sanções por parte dos EUA não têm a China como alvo", disse Ni Lexiong, especialista em assuntos militares da Universidade de Ciência Política e Direito de Xangai. "Não há ameaça possível à China."
Outro especialista chinês em assuntos militares disse, pedindo anonimato, que a China considera que a presença militar reforçada dos EUA na Coreia era uma medida necessária para conter a ameaça norte-coreana, e que por isso não houve críticas.
Nos sites chineses, críticas são frequentes -- não contra os EUA, e sim contra o líder norte-coreano, Kim Jong-un, tratado como "Gordinho Kim" ou "Gordinho Terceiro", por ser o sucessor do seu avô e do seu pai como dirigente do recluso regime comunista.
A maioria acusa Kim de estar levando seu país a um desastre, além de deixar a região perto de uma guerra. "Gordinho Kim, enquanto você fica jogando, as pessoas estão morrendo de fome", escreveu um usuário do site Sina Weibo, espécie de Twitter chinês
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