sexta-feira, 26 de abril de 2013

Lucro da Petrobras cai 17% no 1o tri; produção recua 5%

Lucro da Petrobras cai 17% no 1o tri; produção recua 5% sexta-feira, 26 de abril de 2013 2 Por Sabrina Lorenzi e Roberto Samora RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO, 26 Abr (Reuters) - O lucro líquido da Petrobras recuou 17 por cento no primeiro trimestre, para 7,7 bilhões de reais, com a empresa registrando menores ganhos operacionais em meio à queda na produção e aumento das importações. Maiores custos operacionais e despesas com tributação sobre o lucro também afetaram o resultado, que ainda assim veio acima dos 6,7 bilhões de reais esperados por analistas ouvidos pela Reuters. A produção de petróleo e gás da estatal caiu 5 por cento no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2012, para 2,552 milhões de barris ao dia, devido principalmente às paradas de manutenção. Para fazer frente à demanda interna, a Petrobras aumentou em 35 por cento as importações de petróleo, para 484 mil barris/dia. Já as importações de derivados caíram em 7 por cento, porque a empresa conseguiu elevar em 10 por cento o refino. A estatal também teve que importar mais gás natural para abastecer as usinas térmicas, acionadas por causa dos baixos níveis de reservatórios das hidrelétricas. A Petrobras registrou um déficit entre as suas importações e exportações de petróleo e derivados de 454 mil barris/dia, volume nove vezes superior ao registrado no mesmo período de 2012, de 50 mil barris/dia. Dessa forma, o lucro operacional caiu 16 por cento na comparação com o primeiro trimestre ante o mesmo período de 2012, para 9,84 bilhões de reais, com aumento de 6 por cento nas despesas operacionais e destaque para alta de custos exploratórios (271 milhões de reais), em função de maiores gastos com geologia e geofísica. O custo dos produtos vendidos no trimestre somou 53,67 bilhões de reais, alta de 17 por cento na comparação com o mesmo período de 2012, com o volume de vendas no mercado interno sendo "suportado" em grande parte por maiores importações de diesel e gás natural, além de maiores gastos com produção de óleo, decorrentes do maior número de intervenções de poços e da entrada em operação de novas instalações. "Tenho dito que a melhora do nosso fluxo de caixa não deve ocorrer somente em função de aumentos de preços, mas também de nossa eficiência operacional e da busca pela excelência em custos", disse em nota a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, acrescentando que vários programas para melhorar os resultados já foram implantados, com um deles obtendo economias de 1,3 bilhão de reais no trimestre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário