sexta-feira, 26 de abril de 2013
Mercosul repensa seu futuro
Mercosul repensa seu futuro26/04/2013 20:59
A Argentina e os países latino-americanos em geral continuam sendo um mercado chave para o Brasil e o destino de 40% de suas exportações industrializadas
O Mercosul vive um momento delicado com um forte retrocesso no comércio e uma indefinição sobre seu futuro entre os principais blocos no mundo, avaliam analistas consultados pela AFP.
"A presidente Cristina (Kirchner) e eu nos empenhamos para fazer a integração avançar, (...) superar os obstáculos em nossas relações comerciais e de investimento", afirmou a presidente brasileira Dilma Rousseff na quinta-feira ao ser recebida por sua homóloga argentina.
As diferenças comerciais ganharam força no Mercosul, especialmente desde que a Argentina, buscando evitar a fuga de divisas e conseguir uma melhora da balança comercial, adotou, há um ano, barreiras às importações que afetam seus vizinhos do bloco criado em 1991 entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
As exportações brasileiras para a Argentina caíram 21% em 2012 e outros 10% no primeiro trimestre de 2013, em um comércio bilateral que alcançou um recorde de quase 40 bilhões de dólares em 2011.
Ainda assim, a Argentina e os países latino-americanos em geral continuam sendo um mercado chave para o Brasil e o destino de 40% de suas exportações industrializadas.
O Uruguai também denunciou o clima comercial e seu presidente José Mujica classificou esta semana o Mercosul como um "bloco estagnado" e "parado no tempo", enquanto os argentinos lamentam a redução dos investimentos brasileiros e um desequilíbrio no comércio automotivo.
O comércio do bloco pode retroceder ainda mais este ano, diante da queda dos preços das matérias primas, como os do petróleo venezuelano (a Venezuela foi o último país a entrar no Mercosul no ano passado), a carne do Uruguai ou a soja da Argentina e do Brasil, destaca a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
Tags:
Argentina, Brasil, Diplomacia, Uruguai, Venezuela
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