quinta-feira, 4 de abril de 2013

Montadoras de veículos apostam em alta de vendas após 1o tri fraco

Montadoras de veículos apostam em alta de vendas após 1o tri fraco quinta-feira, 4 de abril de 2013 18:06 BRTPor Alberto Alerigi Jr. SÃO PAULO, 4 Abr (Reuters) - As vendas de veículos novos no Brasil tiveram alta anual de apenas 1,5 por cento no primeiro trimestre, mas a indústria manteve nesta quinta-feira expectativa de que o setor terá crescimento de até 4,5 por cento em 2013, apoiado na prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Segundo a Anfavea, o resultado do trimestre foi influenciado por um desempenho abaixo do esperado em março, que registrou uma queda de 5,5 por cento no volume total de licenciamentos sobre o mesmo mês de 2012. O resultado de março foi fortemente influenciado pelo menor número de dias úteis em relação a março de 2012, por conta do feriado de Páscoa que neste ano caiu em março, e no ano passado foi em abril. Levando em consideração a média diária por dia útil, as vendas de março foram 4 por cento maiores que no mesmo período de 2012, com a venda de 14.196 unidades por dia útil. Já no trimestre, a alta foi de 6,6 por cento no mesmo tipo de comparação, com o licenciamento de 13.841 veículos por dia. "Março foi bom, mas esperávamos que fosse melhor (...) com a manutenção do IPI temos confiança de ter crescimento no ano entre 3,5 e 4,5 por cento", disse Cledorvino Belini, em sua última entrevista a jornalistas como presidente da Anfavea antes da troca no comando da entidade prevista para o fim deste mês. "Nos próximos meses teremos que vender mais." O governo anunciou no sábado a prorrogação das alíquotas reduzidas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis até o final do ano, numa medida considerada pela Anfavea como "preventiva" diante do tombo nas vendas registrado no primeiro semestre de 2012. Belini afirmou que a medida é importante para a economia do país, já que o setor representa 23 por cento do Produto Interno Bruto industrial. Segundo ele, a Anfavea manteve discussões com o governo federal antes do anúncio da prorrogação do benefício e nas reuniões "explicamos que para termos um crescimento de 4,5 por cento nas vendas, seria importante deixar o IPI como está". Segundo ele, não foram discutidas garantias de emprego no setor durante a extensão do benefício já que a expectativa é de crescimento das vendas. "Tendo mercado, o governo sabe que tem emprego. Não houve contraparte, não discutimos isso (manutenção do nível de emprego), nossa meta é crescer", disse Belini.

Nenhum comentário:

Postar um comentário