segunda-feira, 22 de abril de 2013

Novas lagartas ameaçam produtividade da soja em MT

Novas lagartas ameaçam produtividade da soja em MT 22/04/2013 08:00 O ano agrícola brasileiro começou com o enfrentamento de um ameaça, já que uma nova variedade de lagarta está chegando ao país e atacando a soja, o algodão e o milho, entre outras culturas: a lagarta helicoverpa. O entomologista Mauro Braga afirma que essas novas pragas surgiram com a adoção dos transgênicos, a alteração de práticas culturais e o incremento no uso de defensivos agrícolas nas lavouras. Segundo ele, todo esse complexo de defensivos (inseticidas, acaricidas, fungicidas e herbicidas) usados no ambiente têm provocado uma redução muito significativa da chamada “doença branca” um inimigo natural das lagartas. De forma que no passado elas eram controladas por esse fungo benéfico, com a ausência dele essas lagartas estão ganhando o status de pragas principais. O especialista acrescenta que a preocupação é com os anos seguintes, já que parece que a helicoverpa veio pra ficar. Segundo ele, como o Brasil é muito extenso, dessa safra para a próxima haverá um banco de pulpas muito alto. Em alguma região a condição climática vai ser muito favorável para ela, e no ano que vem ela pode causar muitos problemas já na fase inicial da soja. Pesquisadores da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) já estão trabalhando na busca por informações sobre o manejo, controle e comportamento da lagarta Helicoverpa armigera, que já causou prejuízos para produtores rurais, principalmente para os da Bahia, onde a incidência da praga foi altíssima nesta safra. Após participar ativamente da identificação da espécie, agora a entidade foca seus esforços em duas frentes de trabalho. A primeira é a busca por opções de manejo e controle. Dessa forma, dois pesquisadores da instituição estiveram na Austrália, país que já teve problemas com esta lagarta e já a tem sob controle. O pesquisador Eduardo Kawakami conta que os produtores australianos por três vezes tiveram quebra na safra do algodão por causa de problemas com pragas, inclusive a helicoverpa, por isso hoje obedecem a risca as medidas sanitárias de manejo, conhecido como RMP (Resitance Management Plan). Esse programa tem como objetivo fundamental, evitar que ocorra o surgimento de populações de lagartas resistentes a inseticidas e principalmente as tecnologias Bts disponíveis no mercado. O pesquisador cita que há diferenças da agricultura do Brasil e da praticada lá, mas que é possível aproveitar muito com as experiências deles. De acordo com a entomologista Lúcia Vivan, a lagarta é muito agressiva, ataca folhas das plantas, vagens e consomem os grãos, na cultura do algodão se alimenta das folhas, flores e maças. Segundo ela, há relatos de produtores na Bahia que chegaram a fazer mais de seis aplicações de inseticida. O que mostra que é uma praga com alta capacidade para adquirir resistência. Por isso é importante a união neste momento de todos, governo, entidades de classe, instituições de pesquisa, produtores e empresas para a montagem de um plano de controle imediato da helicoverpa. Lúcia Vivan investiga a presença da lagarta na safra 11/12. Em Mato Grosso, ela encontrou a praga na lavoura de milho nas regiões Sul e Sudeste do Estado. A presença desta praga em Mato Grosso foi considerada normal, diferente do que foi registrado na Bahia, onde, desde a safra passada, ela apareceu no algodão e causou muitos prejuízos. Nesta safra (12/13) o trabalho da entomologista começou no ciclo da soja para saber qual a espécie da praga, se era zea, gelotopoeon ou armigera Fonte: Só Notícias com assessoria (foto: assessoria/arquivo

Nenhum comentário:

Postar um comentário