quarta-feira, 3 de abril de 2013

Operários fazem greve no porto do Açu, de Eike Batista

Operários fazem greve no porto do Açu, de Eike Batista quarta-feira, 3 de abril de 2013 14:12 BRTRIO DE JANEIRO, 3 Abr (Reuters) - Operários ampliaram uma greve no estaleiro da OSX no porto do Açu para o segundo dia nesta quarta-feira, atrasando a construção e bloqueando um complexo industrial de propriedade do bilionário Eike Batista. O bloqueio feito por trabalhadores sob contrato com a empresa espanhola de construção Acciona levou praticamente todos os 8.500 trabalhadores do extenso complexo portuário a paralisar seus trabalhos, disse um líder sindical. O porto é de propriedade da LLX Logística, controlada por Eike. A Acciona é uma das principais empreiteiras construindo o estaleiro da OSX, também controlada pelo empresário. Quase 150 empresas estão atuam nas obras em Açu, situado no norte do litoral fluminense. Os operários realizam bloqueios a estradas que dão acesso ao porto, em São João da Barra. "Não passa nem uma agulha", disse à Reuters José Carlos da Silva Eulálio, presidente do Sindicato da Construção Civil do Norte e Nordeste do Estado do Rio de Janeiro. A Acciona está atrasando os pagamentos dos salários, negou o pagamento de horas extras, quebrou regras de classificação de funções e tem negado licenças aos trabalhadores, alguns dos quais não conseguem visitar suas família há 8 meses, disse o líder sindical. A greve é o último de uma série de problemas enfrentados por Eike e seu Grupo EBX, sediado no Rio de Janeiro, com atividades no setor de petróleo, eletricidade, mineração, construção naval, portos e imobiliário, que tem visto as ações das empresas que controla despencarem 70 por cento ou mais no último ano. A queda das ações reduziu em cerca de 20 bilhões de dólares do valor da fortuna de Eike e o fez perder o título de homem mais rico do Brasil. As quedas das ações começaram após poços de petróleo não produzirem tanto quanto esperado, projetos de mineração, portos e eletricidade atrasarem e as dívidas subirem, elevando temores de que o bilionário ficaria sem capital antes dos projetos se tornarem totalmente operacionais.

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