sexta-feira, 19 de abril de 2013

Para FMI, crescimento mais fraco é normal na América Latina

Para FMI, crescimento mais fraco é normal na América Latina AL precisa se dar conta de que o seu auge econômico pode ter terminado por causa do esfriamento da demanda global por minérios e produtos agrícolas, diz FMI1 Washington - O Brasil e outros países latino-americanos precisam se dar conta de que o seu auge econômico pode ter terminado por causa do esfriamento da demanda global por minérios e produtos agrícolas, disseram nesta sexta-feira autoridades do Fundo Monetário Internacional (FMI). A economia do Brasil cresceu rapidamente antes da crise financeira global, ajudando a aumentar a sua estatura no cenário internacional quando as autoridades mundiais começaram a adotar medidas para sustentar suas economias. Mas, desde então, fora um ano de forte crescimento em 2010, o Brasil registrou um crescimento modesto. Falando na reunião semestral do FMI em Washington, nos Estados Unidos, autoridades do órgão disseram que não há razões para pensar que o Brasil recuperará seu rápido crescimento econômico no curto prazo. Isso porque o crescimento do Brasil foi estimulado pelas rápidas elevações de preços nos produtos que exporta, o que também beneficiou países como Peru, Chile e Argentina, ao invés de mudanças políticas para tornar a sua economia mais produtiva. "No caso do Brasil, nada fundamental mudou", disse o vice-diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Miguel Savastano. "As limitações ... que influenciaram no comportamento do Brasil nos últimos 10 anos continuam lá", acrescentou. O Brasil é um dos maiores produtores de matérias-primas do mundo, como minério de ferro e soja, cujos preços aumentaram durante a última década devido ao voraz apetite da China por produtos básicos, contribuindo para a ascensão de milhões de brasileiros à classe média. O FMI afirmou nesta semana em seu relatório Panorama Econômico Mundial que os preços das matérias-primas possivelmente diminuirão nos próximos cinco anos. Isso explica, em parte, por que o FMI não vê a economia brasileira crescendo mais do que 4,2 % antes de 2018, o último ano disponível na previsão. Um crescimento anual de 4,2 % seria maior do que a taxa de 3 % que o FMI prevê para o Brasil neste ano, mas estaria muito abaixo dos 7,5 % de 2010. .

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