Escrito por *Sebastião Nascimento / Blog do Tião/Globo Rural
Sáb, 06 de Abril de 2013 20:36
No encontro realizado em Ribeirão Preto, mais de 500 fazendeiros debateram o tema do momento: confinamento (Foto: Rogério Cassimiro)
Um público de pelo menos 500 pessoas, entre fazendeiros, professores e técnicos, lotou as plenárias do Encontro de Confinadores da Scot Consultoria, realizado nos dias 3, 4 e 5 deste mês, em Ribeirão Preto (SP). O dono da Scot, Alcides Torres, me disse que tinha gente de 151 cidades de todo o país e de 20 estados, além de pecuaristas paraguaios.
Tamanha afluência, segundo Torres, deve-se à fase das definições e ajustes que a engorda no cocho atravessa, principalmente no que diz respeito ao milho – base de alimentação dos animais -, cujos preços explodiram no ano passado dificultando a atividade, mas que agora estão caindo aceleradamente animando os confinadores. Além disso, adianta Torres, há uma certa estabilidade na cotação do boi magro.
O Brasil confinou quase 4 milhões de bois em 2012, 600 mil a mais do que em 2011. Agora, com a provável melhora no preço do milho e da soja, vários especialistas com os quais conversei em Ribeirão Preto acreditam que o número de animais fechados na temporada atual supere a de 2012. “A ferramenta do confinamento chegou para ficar, pois o consumidor exige qualidade e os espaços para a boiada ficam cada vez menor no Brasil, levando à intensificação”, diz Torrres.>>>
E dou uma de primeira mão aos meus 10 leitores: Goiás é o Estado que mais confina bois no país, porém, Mato Grosso, auxiliado pela alimentação mais barata que os resíduos da montanha de grãos, como soja e milho, propiciam “deverá passar à frente num curto intervalo de tempo.” Em 2012, Goiás produziu 26,43% do gado confinado no país. Mato Grosso, com 25,42%, ficou ali bem pertinho. Não são poucos os que demonstram expectativa de Mato Grosso assumir a liderança. Mas atenção, por enquanto são expectativas.
Conversei ainda com muita autoridade em confinamento, como o professor Mateus Paranhos, da Unesp/Jaboticabal, craque no assunto do bem estar animal, e Fábio Maya, gerente do confinanento exemplar do Grupo Lage, em Goianésia, Goiás, que fechou 25 mil cabeças em 2012, e onde estive há quatro anos. Maya revelou que a comida realmente sai mais em conta no seu Estado, porém o preço da arroba do boi fica sempre aquém do praticado em São Paulo.
Tem mais novidades. Volto a falar com vocês em breve.
Sobre o autor: Sebastião Nascimento, editor de Globo Rural, tem mais de 30 anos de jornalismo agropecuário. Andou por centenas de fazendas de todo o país. Aqui, nesta página, quer falar dos sonhos e aventuras do homem do campo e dar foco também nas pegadas econômicas e tecnológicas que transformaram o Brasil na potência agrícola que é e que ele presenciou ao vivo nas suas andanças. Nasceu na pequena e bela São Luiz do Paraitinga (SP), às franjas da Serra do Mar.
Escrito por *Sebastião Nascimento / Blog do Tião/Globo Rural
Sáb, 06 de Abril de 2013 20:36
No encontro realizado em Ribeirão Preto, mais de 500 fazendeiros debateram o tema do momento: confinamento (Foto: Rogério Cassimiro)
Um público de pelo menos 500 pessoas, entre fazendeiros, professores e técnicos, lotou as plenárias do Encontro de Confinadores da Scot Consultoria, realizado nos dias 3, 4 e 5 deste mês, em Ribeirão Preto (SP). O dono da Scot, Alcides Torres, me disse que tinha gente de 151 cidades de todo o país e de 20 estados, além de pecuaristas paraguaios.
Tamanha afluência, segundo Torres, deve-se à fase das definições e ajustes que a engorda no cocho atravessa, principalmente no que diz respeito ao milho – base de alimentação dos animais -, cujos preços explodiram no ano passado dificultando a atividade, mas que agora estão caindo aceleradamente animando os confinadores. Além disso, adianta Torres, há uma certa estabilidade na cotação do boi magro.
O Brasil confinou quase 4 milhões de bois em 2012, 600 mil a mais do que em 2011. Agora, com a provável melhora no preço do milho e da soja, vários especialistas com os quais conversei em Ribeirão Preto acreditam que o número de animais fechados na temporada atual supere a de 2012. “A ferramenta do confinamento chegou para ficar, pois o consumidor exige qualidade e os espaços para a boiada ficam cada vez menor no Brasil, levando à intensificação”, diz Torrres.>>>
E dou uma de primeira mão aos meus 10 leitores: Goiás é o Estado que mais confina bois no país, porém, Mato Grosso, auxiliado pela alimentação mais barata que os resíduos da montanha de grãos, como soja e milho, propiciam “deverá passar à frente num curto intervalo de tempo.” Em 2012, Goiás produziu 26,43% do gado confinado no país. Mato Grosso, com 25,42%, ficou ali bem pertinho. Não são poucos os que demonstram expectativa de Mato Grosso assumir a liderança. Mas atenção, por enquanto são expectativas.
Conversei ainda com muita autoridade em confinamento, como o professor Mateus Paranhos, da Unesp/Jaboticabal, craque no assunto do bem estar animal, e Fábio Maya, gerente do confinanento exemplar do Grupo Lage, em Goianésia, Goiás, que fechou 25 mil cabeças em 2012, e onde estive há quatro anos. Maya revelou que a comida realmente sai mais em conta no seu Estado, porém o preço da arroba do boi fica sempre aquém do praticado em São Paulo.
Tem mais novidades. Volto a falar com vocês em breve.
Sobre o autor: Sebastião Nascimento, editor de Globo Rural, tem mais de 30 anos de jornalismo agropecuário. Andou por centenas de fazendas de todo o país. Aqui, nesta página, quer falar dos sonhos e aventuras do homem do campo e dar foco também nas pegadas econômicas e tecnológicas que transformaram o Brasil na potência agrícola que é e que ele presenciou ao vivo nas suas andanças. Nasceu na pequena e bela São Luiz do Paraitinga (SP), às franjas da Serra do Mar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário