domingo, 21 de abril de 2013
Primeiros agricultores do cerrado do MA carregam dívidas milionárias
Primeiros agricultores do cerrado do MA carregam dívidas milionárias
21/04/2013 09h00- Atualizado em 21/04/2013 09h00
Cálculo da dívida dos produtores não teria respeitado acordo de juros baixos.
Agricultores esperam que o governo permita u
O cerrado da região sul do Maranhão foi desbravado há 18 anos por 40 famílias de jovens agricultores, assentadas através do Programa de Desenvolvimento do Cerrado, o Prodecer 3, criado pelo Governo Federal.
No início do projeto, cada colono contraiu uma dívida de R$ 900 mil para ter direito a um lote de 500 hectares. Mas a dívida deles hoje ultrapassou todos os limites. O agricultor Olivério Matos declara estar devendo mais de R$ 30 milhões.
O diretor da empresa Campo, que administra os assentamentos do Prodecer, Emiliano Botelho reconhece o erro cometido pelo governo no cálculo da dívida dos produtores.
“Era previsto, está escrito e regulamentado pelo Banco Central, que seria a menor taxa de juros aplicada no Brasil. Isso não foi cumprido. Esse dinheiro foi captado no Japão, 60% dele a 2,75% ao ano, e foi repassado para o produtor a uma taxa de juros de longo prazo de mais 6%. Isso ultrapassou em 25% naquela época. Infelizmente essa taxa de juros e a infraestrutura prejudicou enormemente o projeto.” Emiliano Botelho ainda diz que essa injustiça só será corrigida quando o Governo Federal editar uma portaria que permita a renegociação, como fez no Prodecer 2, implantado no Centro-Oeste e Sudeste.
O Globo Rural procurou os Ministérios da Fazenda e da Agricultura para saber por que a dívida dos agricultores do sul do Maranhão, inscritos no Prodecer 3, não teve o mesmo tratamento que a dívida do Prodecer 2, que já foi renegociada. Ninguém quis dar entrevista. Por e-mail, o Ministério da Agricultura se limitou a reconhecer que houve diferença de tratamento, mas não explicou por quê.
tópicos:
Governo Federal,
Maranhão,
Ministério da Agricultura
DO GLOBO RURAL
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário