quarta-feira, 10 de abril de 2013

Rota bioceânica decepciona exportadores brasileiros de grãos

Rota bioceânica decepciona exportadores brasileiros de grãos "É extremamente onerosa, o frete é muito caro, a passagem viária pela Bolívia tira a sua competitividade", afirmou Edeon Vaz Ferreira, diretor do Movimento Pró-Logísti Caminhão transporta grãos de soja: O Brasil pode superar nos próximos meses os Estados Unidos como o principal produtor de soja no mundo. Brasília - Pressionado a reduzir custos e aumentar sua competitividade, o Brasil apostou na rota bioceânica para conquistar o mercado chinês, e, embora a obra anime autoridades, deixa insatisfeito um de seus supostos beneficiários: os exportadores de grãos. Leia Mais 09/04/2013 | Clima e chuva são razões do aumento da safra, avalia Conab 09/04/2013 | Safra de milho deve ser recorde com 74,9 milhões de t 09/04/2013 | Soja tem preço satisfatório mesmo com colheita no pico 09/04/2013 | Conab reduz previsão da safra de soja 12/13 para 81,94 mi t A rota que une o Pacífico ao Atlântico - do porto brasileiro de Santos aos portos de Arica e Iquique (no Chile) e de Matarani e Ilo (no Peru), já está em funcionamento, embora longe de ser unanimidade sobre seus benefícios. O corredor viário principal de 3.450 km "é interessante para a integração regional, mas para a exportação de grãos não tem impacto algum", disse à AFP Edeon Vaz Ferreira, diretor do Movimento Pró-Logística, que reúne o setor produtivo do Mato Grosso, principal estado produtor de soja e milho do Brasil. Em um dos poucos estudos sobre o impacto logístico da obra, que teve sua última etapa concluída no fim de 2012 em território boliviano, a Pró-Logística estabeleceu que a via interoceânica ainda é muito cara para os exportadores. "É extremamente onerosa, o frete é muito caro, a passagem viária pela Bolívia tira a sua competitividade", afirmou Vaz Ferreira. Até agora, a maior parte da carga que sai do Mato Grosso chega ao porto de Santos depois de percorrer 1.950 km por estrada e trem, e dali parte em direção ao Pacífico. Ao chegar ao porto chinês de Xangai, o exportador brasileiro pagou em transporte 190 dólares por tonelada - 145 dólares em fretes dentro do Brasil -, enquanto o custo para o exportador argentino e para o americano - seus principais competidores - foi de 102 e 72 dólares, respectivamente. Tags: Grãos, Logística, Transporte e logística

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