terça-feira, 9 de abril de 2013

Seca ainda não interfere na exportação de frutas

Seca ainda não interfere na exportação de frutas Apesar de já ter causado inúmeras perdas na agricultura e pecuária do Nordeste, impactando fortemente na vida de milhões de pessoas, o atual período de seca - o maior dos últimos 50 anos - ainda não prejudicou as exportações de frutas do Ceará Diário do Nordeste Com produtores apostando na irrigação para manter o mercado aquecido, o Estado fechou 2012 com um faturamento de R$ 108 milhões no comércio exterior, valor 5,8% superior aos R$ 102 milhões registrados em 2011, conforme revela o presidente do Instituto Frutal e da Câmara Setorial da Fruticultura do Ceará, Euvaldo Bringel. O melão é um exemplo de item que não teve sua produção prejudicada pela falta de chuvas, visto que a irrigação manteve os estoques em alta Foto: Juliana Vasquez "Esta expansão na fruticultura, em plena seca, mostra que a irrigação vem se desenvolvendo e salvando a produção em diversas regiões do Ceará. Itens como o melão, por exemplo, seguem com boas safras e vendendo bem para outros países. Para este ano, aliás, a expectativa é que o setor de frutas continue resistindo ao período de estiagem, isso se não ocorrer grandes distúrbios", comenta Bringel. No que diz respeito ao Valor Bruto da Produção (VBP), Bringel diz que o índice da fruticultura se manteve estável nos últimos dois anos, mas que a produção de grãos não teve a mesma sorte. "De 2011 para 2012, o VBP das frutas não apresentou alteração alguma, fechando em ambos os anos em R$ 1,2 bilhão. Esse mesmo índice para os grãos, porém, recuou de R$ 1,3 bilhão para R$ 576 milhões no mesmo intervalo de tempo", explica Euvaldo Bringel. "Em suma, houve ampliação nos itens irrigados e queda nos produtos que dependiam exclusivamente das chuvas", complementa. No mercado interno Apesar da produção de frutas para exportação resistir fortemente ao período de estiagem, alguns itens destinados ao mercado interno acabaram sofrendo baixa na produção, já que uma boa parte depende diretamente das chuvas. "É uma pena, mas a irrigação costuma ser utilizada regularmente apenas pelos produtores de exportação. Quando o assunto é mercado interno, uma boa parte das frutas depende das chuvas e, quando elas não ocorrem, há uma queda na produção e um consequente aumento dos preços. A banana, por exemplo, já sofreu uma elevação de mais de 100%", afirma Bringel. Obras emergenciais Para o presidente do Instituto Frutal, o combate à seca precisa ser intensificado ao máximo e obras como a transposição do Rio São Francisco e o Cinturão das Águas devem ser tratados como de caráter emergencial. "O Ceará não pode esperar", diz. Notícias de Fruticultura

Nenhum comentário:

Postar um comentário