domingo, 14 de abril de 2013

Seca impacta o comércio dos pequenos municípios do RN

Seca impacta o comércio dos pequenos municípios do RN Seca que começou em 2012 continua prejudicando os agricultores.14/04/2013 08h15- Atualizado em 14/04/2013 08h15 Muitos não tem como pagar as dívidas e acabam com o nome sujo. A cobrança avisa: se a agricultora Maria Irene da Silva não quitar a dívida de R$ 200 com o banco, o nome dela vai para o Serviço de Proteção ao Crédito. Irene acreditou que poderia ganhar alguma coisa com a colheita desse ano, mas na comunidade onde mora, em Mossoró, no oeste do Rio Grande do Norte, a plantação de milho e feijão sequer germinou e com isso ela entrou no time dos agricultores endividados. A renda da família se limita hoje apenas aos R$ 130 mensais que recebe do Bolsa Família. Na comunidade Olho D'água do Velho, a seca deixou a maior parte dos moradores com o nome sujo na praça. As dívidas da maioria são de empréstimos feitos para tentar manter a plantação e principalmente o rebanho. Muitos pegaram dinheiro para comprar ração, esperando que a situação melhorasse com as chuvas que ainda não caíram de forma significativa. Se falta chuva no campo, falta dinheiro para os agricultores pagarem o que devem nos mercadinhos das comunidades. No caderno do comerciante Evaldo Simão, os nomes e as contas dos clientes estão por todos os lados. Ele também sente os prejuízos da seca, mas mesmo assim, diz que não vai parar de vender. Para sobreviver à seca, os agricultores recorrem aos programas emergenciais do governo, mas de acordo com o presidente do sindicato que representa os agricultores de Mossoró, Francisco Gomes, esses recursos não estão sendo suficientes. Com o dinheiro limitado para alimentar com farelo de milho os rebanhos, muitos misturam a ração com a macambira, uma planta nativa da caatinga. A estratégia é para evitar mais endividamento nos armazéns. A situação em todo o Nordeste é muito complicada. A previsão dos meteorologistas é que as chuvas continuarão bem abaixo da média até junho, época em que normalmente elas param de cair na região. tópicos: Mossoró DO GLOBO RURAL

Nenhum comentário:

Postar um comentário